Dia do Consumidor: O papel do CX nos negócios, por Ingrid Imanishi*
Cada vez mais importante para o varejo, o Dia do Consumidor tem ganhado espaço e muitos já consideram a data, celebrada no dia 15 de março, como a Black Friday do primeiro semestre. De acordo com dados do Google Trends, ferramenta que mostra os termos mais buscados na internet, o desejo pela data cresceu 96% este ano, em comparação com 2021.
Neste contexto, as empresas precisam focar no customer experience (CX) para ajudar os clientes em toda a jornada. Caso surja algum imprevisto no processo de compra ou consumo, é importante que as marcas tenham a mentalidade de que o CX não é apenas uma parte do negócio, ele é o próprio negócio.
Segundo a pesquisa Global Consumer Pulse, feita pela Accenture Strategy, há uma perda surpreendente de R$ 401 bilhões em função de experiências insatisfatórias, principalmente durante as interações. O momento crucial do negócio é quando o cliente expressa suas necessidades e a empresa consegue ampará-lo e atendê-lo de forma rápida e eficiente, o que reflete no aumento dos índices de fidelização.
No entanto, nem todas as empresas estão preparadas adequadamente para lidar com este panorama, mesmo diante das oportunidades de negócios apresentadas pelos canais online. Expandir e criar experiências requer uma perspectiva voltada para o futuro e prontidão para o que está por vir, principalmente com a inteligência artificial (IA), ferramenta que pode se tornar um fator decisivo no CX. Mas depender exclusivamente da IA não é suficiente. É necessário abordar a complexidade que gera atritos para clientes, agentes e empresas.
O desafio está na baixa utilização dos dados disponíveis, na falta de insights sobre a jornada do cliente e na identificação dos pontos em que os consumidores enfrentam as maiores dificuldades. No ambiente dinâmico de hoje, as pessoas transitam por vários canais durante sua jornada de relacionamento com as marcas. Interações desconectadas e soluções fragmentadas criam obstáculos.
A adoção de uma plataforma CX totalmente em nuvem, omnichannel, multiskill e potencializada por IA torna-se não apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade imperativa para as empresas. Essa tática quebra as barreiras tradicionais, permitindo uma interação fluida em todos os canais, resultando em uma experiência do cliente verdadeiramente integrada e eficiente.
A convergência da tecnologia em nuvem com a inteligência artificial não só aumenta a capacidade de prever e atender às demandas dos clientes, mas também impulsiona a automação e a eficiência operacional. Estamos diante de uma era em que a excelência em CX é definida pela capacidade de oferecer não apenas um serviço de qualidade, mas uma experiência global, moldada pela inovação tecnológica e pela compreensão profunda das expectativas. Ao adotar essa abordagem avançada, as organizações não apenas se destacam na competição, mas estabelecem um novo padrão para o atendimento, colocando o cliente no centro de suas operações. Essa estratégia é essencial para o sucesso das vendas.
No Dia do Consumidor, ao celebrar a importância dos clientes, é importante também refletir sobre o papel da evolução no CX. Não se trata apenas de atender às expectativas, mas de superá-las. Ao abraçar o poder da inteligência artificial e enfrentar as complexidades de frente, as empresas podem elevar sua experiência do cliente e, consequentemente, sua lucratividade. Afinal, na conjuntura empresarial contemporânea, o CX não é apenas um departamento – é o coração pulsante das organizações de sucesso.
*Ingrid Imanishi é Diretora de Soluções Avançadas da NICE