Da organização de dados à satisfação dos clientes, por André França Cardoso*
/ Algumas cidades brasileiras já estão iniciando o relaxamento do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19 e se espera que, aos poucos, a vida das pessoas retorne à normalidade de antes, apesar de todos as restrições que o chamado novo normal vai trazer à sociedade. Com isso, espera-se também a retomada de crescimento da nossa economia, especialmente com a volta do consumo de produtos e serviços que, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, sofreu uma queda histórica nesse período. Entretanto, o mercado deve estar preparado para esse momento de recuperação.
Para isso, muitas empresas investem cada vez mais no uso estratégico das informações, por meio da organização e gestão de dados obtidos nos mais diferentes processos da cadeia, seja com a indústria, com fornecedores ou com os próprios clientes. Dessa forma, as organizações têm condições mais favoráveis para planejar melhor suas ações, lidando de forma muito mais eficiente com questões essenciais ao seu negócio como gestão de estoque, marketing e vendas. As chances de acerto, com uma ferramenta como essa em mãos, acabam se tornando muito maiores e a garantia de obter sucesso também.
Entre outras vantagens, a organização e análise dos dados podem gerar novas oportunidades de otimização do portfólio de produtos. Valendo-se de informações que possibilitam traçar o perfil do seu público-alvo, de conhecer melhor a experiência de seus clientes, as empresas conseguem identificar quais produtos merecem mais investimento, quais devem ser aprimorados de alguma forma e até mesmo quais podem deixar de ser oferecidos. Ao dispor dessas informações e sabendo aproveitá-las com inteligência, proporcionam-se ganhos maiores por conta da assertividade e também reduzem-se de forma significativa os eventuais prejuízos.
Ter o controle do estoque está também entre os benefícios que a gestão e organização de dados podem oferecer, impedindo ou tornando bem menor o risco de a empresa não ter ou estar em falta com o produto que o cliente deseja. Por ouro lado, pode servir também para apontar que a corporação deve reduzir ou até menos deixar de investir em determinados produtos, seja pelo baixo registro de saída ou, em alguns casos, por se tratar de algo sazonal. Com isso, evita-se produtos encalhados sob o risco, inclusive, de perder a validade.
A gestão e organização de dados estão na linha de frente da transformação digital pela qual estamos atravessando. Em mercados altamente competitivos, dados é um ativo importante e essencial na formulação da estratégia e planos de negócio das empresas.
*André França Cardoso é CEO da Assesso