Organizações governamentais estão otimistas com inteligência artificial, mas encontram desafios para a implementação, diz estudo da Accenture
Funcionários públicos na Europa estão otimistas quanto ao impacto da Inteligência artificial nos serviços e operações governamentais, mas enfrentam desafios para implementar as tecnologias, de acordo com estudo publicado pela Accenture (NYSE: ACN).
O estudo — baseado em uma pesquisa com 300 gestores públicos de TI na Finlândia, França, Alemanha e Reino Unido — descobriu que a grande maioria (90%) dos entrevistados acreditam que a inteligência artificial terá um alto impacto em suas organizações nos próximos anos. Além disso, 86% disseram que as organizações planejam aumentar seus investimentos em inteligência artificial no próximo ano.
Atendimento ao cliente e gestão de risco e fraude são duas áreas de operação mais visadas para a implementação de inteligência artificial no setor público, citadas por 25% e 23% dos entrevistados, respectivamente. Além disso, os benefícios do investimento em inteligência artificial mais citados são o aumento de eficiência, a economia de tempo e custos e o aumento de produtividade.
Apesar do entusiasmo com a implementação de inteligência artificial, os funcionários públicos entrevistados disseram que suas organizações estão passando por desafios sistêmicos para entregar projetos de bem-sucedidos com a tecnologia. 71% disseram ter dificuldades em encontrar as ferramentas de inteligência artificial corretas; 84% citaram desafios em adaptar a lógica de inteligência artificial ao contexto de suas indústrias; enquanto 81% disseram ter passado por desafios ao integrar tecnologias de inteligência artificial em suas operações de back-office. Além disso, 42% relataram preocupações de segurança com o uso de inteligência artificial e 31% disseram sofrer de falta de talentos e habilidades para escalar seus investimentos na tecnologia.
“Inteligência artificial é uma nova tecnologia realmente transformadora e de implementação complexa, que requer uma base sólida para garantir o sucesso em entrega, estratégia e governança”, diz Bernard Le Masson, que lidera a prática de Consultoria da Accenture para clientes de Saúde e Serviços Públicos. “Enquanto o gasto em inteligência artificial se acelera e as expectativas de entrega aumentam, os governos devem abordar esses desafios sistêmicos com as condições confiáveis para maximizar o potencial da tecnologia e garantir o sucesso da implementação”, diz Le Masson.
Quando perguntados sobre quanto suas organizações investem em inteligência artificial anualmente, a maior parte dos entrevistados (40%) citou entre US$ 5 milhões e US$ 15 milhões, e 63% disseram ter completado entre cinco e 10 projetos envolvendo inteligência artificial no último ano. 81% citaram uma dificuldade alta ou muito alta para duplicar implementações de inteligência artificial em sua organização devido à falta de colaboração interna ou de supervisão da liderança. No entanto, a maioria dos entrevistados acredita que a liderança de suas organizações apoia projetos de inteligência artificial, com apenas 21% reportando falta de suporte para tais iniciativas.
“Os dados do estudo indicam a necessidade de mais informações sobre a tecnologia de inteligência artificial para garantir que organizações investindo em inteligência artificial façam isso de forma eficiente e responsável, com um conhecimento profundo do impacto que a tecnologia terá em sua força de trabalho”, diz Gabriel Bellenger, diretor de gerenciamento da Accenture. “Ao entender plenamente as oportunidades apresentadas pela inteligência artificial, o setor público do futuro pode adotar inteligência artificial, resultando em um amplo leque de benefícios econômicos e sociais”, conclui o executivo.