O papel da Governança de TI dentro das empresas, por Jaqueline Eller*
Atualmente, é impossível pensar em qualquer organização que não dependa de soluções de TI para crescer em seu segmento. Seja para melhorar processos internos ou desenvolver novos produtos e serviços, a tecnologia está presente no dia a dia do ambiente corporativo. Lidar com essa crescente quantidade de recursos é um desafio que os profissionais precisam superar se quiserem aproveitar todas as vantagens disponíveis – e explica porque o conceito de Governança de TI está em alta nas empresas em todo o mundo.
Como a própria expressão indica, a governança da área de tecnologia da informação consiste em práticas e ações que administram todos os recursos disponíveis deste setor nas corporações. É considerada uma área totalmente estratégica, pois resolve justamente o cumprimento das metas e objetivos estipulados pelos executivos. Para se ter uma ideia, apenas em 2018 os gastos globais com produtos e serviços de TI devem atingir US$ 3,7 trilhões, um aumento de 6,2% em relação à 2017, de acordo com a Gartner. É um departamento valioso demais para não ter regras de gestão.
É essencial estabelecer regras e mecanismos para a gestão de tecnologia da informação nas empresas, principalmente aquelas que são fornecedoras de soluções para um determinado segmento. Dessa forma, os profissionais devem buscar o fortalecimento de algumas ações dentro da companhia, como a criação de metas, padronização de documentos, automatização de tarefas, indicadores, ferramentas de apoio e atualização da política de segurança. A própria organização deve disponibilizar conhecimento e informações atualizadas que serão usadas na priorização das demandas.
Isso permite que a Governança de TI esteja totalmente integrada com a visão, missão e estratégia da empresa. Afinal, quando se há uma meta, indicadores e um objetivo claro do que precisa ser feito, os recursos disponíveis serão suficientes para sustentar e expandir os negócios. Além disso, o acompanhamento contínuo permite avaliar o resultado a curto, médio e longo prazo, entendendo se o caminho traçado inicialmente está sendo seguido ou se há necessidade de novos ajustes.
Com uma política clara sobre as melhores práticas de tecnologia, as corporações conseguem colher frutos importantes, como a otimização dos custos ao antecipar problemas e a criação de ações imediatas para que os riscos não impactem os negócios e o objetivo macro da empresa. Aliado a isso, há um aumento de produtividade, eliminação dos retrabalhos (que atrapalham o desempenho dos colaboradores) e uma maior satisfação dos stakeholders da marca.
Em uma época de intensa conectividade e com a tecnologia presente em todos os setores, saber lidar com esses recursos é o que diferencia uma empresa de sucesso de suas concorrentes. Não adianta investir muito nas soluções mais avançadas e atualizadas do planeta se a sua equipe não souber o que fazer com elas ou, pior, não aproveitar ao máximo todos os benefícios que podem trazer para o ambiente corporativo. A Governança de TI, portanto, é o caminho a ser seguido por quem deseja crescer nos próximos anos.
*Jaqueline Eller é gerente-senior da Nimbi, empresa especializada em tecnologia para a cadeia de suprimentos