Tecnologia passa a ser vital para os RHs de pequenas e médias empresas, por Ricardo Kremer*
/ A transição para o digital já começou. Seja pela necessidade trazida pela pandemia ou pelo avanço das tecnologias, empresas de todos os ramos usam a rede para todas as funções que ela permite. Para as pequenas e médias empresas (as chamadas PMEs, que de acordo com o Governo Federal representam 99% da população empresarial brasileira), no entanto, a situação ainda demora a conseguir velocidade. Segundo dados de uma pesquisa feita em parceria entre a FGV Projetos e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), 66% das PMEs ainda estão em fases iniciais de maturidade digital.
Para essas empresas, tão importante quanto o desenvolvimento tecnológico é otimizar seus processos e métodos mais operacionais, e os novos sistemas estão aí exatamente para isso. Na área dos Recursos Humanos, tarefas como gestão do desempenho e jornada de trabalho, recrutamento e atendimento ao colaborador e até mesmo marcação de ponto não só podem ser feitas digitalmente, como ganham em eficiência dessa forma.
Aqui vemos a importância da tecnologia HCM (do inglês Human Capital Management – Gerenciamento de Capital Humano). Por meio dela, as tarefas mais cotidianas e rotineiras da gestão (mas não por isso menos importantes) são completamente digitalizadas, melhorando a tomada de decisão com base em dados. Pensando nas empresas que não pensam em voltar 100% ao escritório, utilizar da tecnologia para digitalizar os serviços de RH parece um ótimo negócio.
Existem alguns mitos acerca da implementação do HCM nas PMEs, que na maioria das vezes não possuem o tempo ou os recursos para experimentar. Mas estes mitos não passam disso mesmo. O primeiro deles é que se trata de um sistema muito avançado e complicado, quando na realidade as empresas que desenvolvem estes softwares já o deixam “mastigados” para facilitar o uso.
Os outros dois são que são tecnologias caras, e que só aumentam o trabalho. É exatamente o contrário. Por conta de poderem ser vendidas como serviço, não necessariamente será um investimento de peso. Quanto à outra questão, o HCM está aí exatamente para acelerar os processos, aumentar a produtividade dos times e possibilitar uma gestão mais criativa e focada em resultados para os negócios.
Como aponta a Capterra, o ano de 2020 foi marcado por um investimento de 43% por parte das PMEs em novas tecnologias para o home-office. Seja pensando na melhor gestão dos funcionários em trabalho híbrido ou na aceleração de processos para focar em resultados e desempenho, o HCM se apresenta como imprescindível para o RH das PMEs que, num momento de dificuldade como o que passamos, devem ter o crescimento e a boa gestão como meta.