Para tomar decisões é fundamental considerar os dados, por Samira Cardoso*
/ Tomar decisões com base em dados gera mais faturamento, ganho de agilidade, redução de custos e melhoria de compliance regulatório. Essas informações são da Harvard Business Review e foram repassadas em uma das palestras do DDD (Data Driven Decision), evento online e gratuito realizado pelas empresas Layer Up e A10, no último mês.
Essa importância dos dados para tomada de decisões foi muito bem defendida pelo CEO da A10, Ivanildo Buarque. No entanto, existem muitos gargalos sobre o assunto nas empresas. Em enquete realizada com os presentes na palestra de Buarque, durante o evento, o público afirmou que reconhece que decisões orientadas por dados impactam positivamente nos resultados, mas, em suas companhias, essas informações são levadas em conta apenas para escolhas críticas.
Outros dados importantes foram coletados durante esse evento, deixando claro que apesar do grande interesse por dados e o aumento do conhecimento do mercado sobre a importância deles para os resultados, ainda são necessários grandes avanços. Esses são alguns exemplos:
• 73% das empresas passaram a analisar dados apenas entre os últimos cinco anos
• 70,6% diz que a cultura do próprio negócio não é baseada em dados
• 52,6% afirma que as equipes não compreendem o uso de dados
• 75% não mensura e avalia ROI das ações de marketing e vendas
• 80% afirmou que apenas alguns colaboradores entendem a importância dos dados para tomar decisões de forma eficaz
Além disso, na primeira palestra do DDD, que foi apresentada pelo diretor de performance da Layer Up, Eric Porto, e teve pico de 1400 pessoas presentes simultaneamente, apenas 38,1% dos participantes afirmaram que a análise de dados é uma fonte de insights dentro da própria empresa.
Aquilo que não se mede, não se gerencia
Peterson dos Santos, fundador da Trio, empresa de soluções de Open Banking, também lembrou da máxima que diz que aquilo que não se mede, não se gerencia. Para ele, dados são fundamentais para negócios que têm foco no resultado.
De fato, quem está criando novas soluções precisa considerar dados. Isso foi reforçado por Flavio Zaclis, CEO da Barn Investimentos, empresa de venture capital com foco em GreenTech e AgTech. Ele contou que a maior parte das startups em que a Barn investe tem como principal fonte de informação os dados.
Crescimento envolve dados
Outra importante reflexão veio do Growth Manager da RD Station, Thiago Rocha. Ele contou que, entre os projetos que participou durante sua carreira, está a solução mais recente da RD, que fez com que aumentasse em 9 vezes o número de pessoas que faz o teste gratuito da plataforma em um ano. E isso foi possível utilizando dados.
O primeiro passo é aprender mais sobre o mundo data driven
É claro que, para que a tomada de decisão seja feita de forma adequada, é preciso considerar os dados certos, como coletá-los, apresentá-los e mais uma série de etapas. Por isso, durante o evento foram abordados diversos assuntos relacionados à jornada data driven.
Metas é um ponto importante para o time que lida com a ferramenta. Essa é uma lição importante que a Product Owner do Itaú, Marília Caminha diz, sobre como é preciso apresentar os KPIs para colocar os dados em uma rotina.
Outro importante aprendizado para empresas que estão buscando a melhor forma de lidar com dados é a maneira adequada de avaliar as informações coletadas. A dupla da Autoforce, Lauri Laux, CTO da empresa, e Clênio Cunha, diretor e fundador, refletem exatamente sobre a importância de extrair dados e utilizá-los no projeto certo e na hora certa. De acordo com eles, sempre existe viés para utilização dos dados.