Neoway, Endeavor e Insper realizam estudo sobre Empresas de Alto Crescimento (EACs) no Brasil
Relatório traz as características principais das organizações que mais cresceram no Brasil nos últimos quatro anos
A Cátedra Insper-Endeavor em parceria com a Neoway, maior empresa brasileira de Big Data Analytics e tecnologia aplicada a negócios, realizou uma análise sobre o cenário das empresas de alto crescimento (EACs) persistente no Brasil. O estudo teve como base o conhecimento gerado a partir da plataforma da Neoway.
De acordo com a OECD, instituição internacional que promove políticas de desenvolvimento econômico e social ao redor do mundo, para ser considerada uma EAC a organização precisa ter, pelo menos, 10 colaboradores e apresentar um crescimento de, no mínimo, 20% ao ano por 3 anos consecutivos. As EACs persistentes, por sua vez, são aquelas que apresentam crescimento contínuo em um dado período.
“O ponto de partida foi organizações ativas entre 2010 e 2012, para identificar o grupo inicial de EACs. Dentro desse universo, analisamos os resultados conquistados pelas empresas até 2016 e selecionamos aquelas que apresentaram crescimento contínuo no período. Aplicando todos esses critérios, foi possível identificar 16.142 EACs persistentes, distribuídas pelas cinco regiões do Brasil”, explica Lucas de Paula, CTO (Chief Technology Officer) da Neoway.
As empresas de alto crescimento têm ganhado destaque no debate econômico muito porque elas vêm desempenhando um papel cada vez mais relevante na geração de empregos para o País. Segundo dados do IBGE, o número de pessoas empregadas por EACs aumentou 172%, de 2013 a 2015, atingindo 3,5 milhões. Já, em 2016, algo em torno de 1,8 milhão de novas oportunidades surgiram por conta desse tipo de organizações.
“Nós acreditamos que os empreendedores à frente das Empresas de Alto Crescimento podem ser os grandes transformadores do país. E, por isso, nos esforçamos em entender o que faz esses empreendedores serem tão únicos”, diz Camilla Junqueira, diretora geral da Endeavor. “Essa pesquisa é mais um passo nessa direção, mostrando as diferenças que existem dentro desse grupo de empresas e abrindo diversas oportunidades para que a gente entenda os principais desafios para o crescimento persistente de empresas no Brasil”, complementa.
O levantamento aponta também que o grupo de empresas de alto crescimento persistente não é homogêneo. A divisão pode ser feita em três aglomerados principais. O primeiro, e maior, é composto por 10.121 firmas que cresceram, em média, 106% durante o período analisado. O segundo, representado por 4.927, apresenta uma taxa de 210%. Por fim, há ainda o de maior crescimento, em porcentagem, 930%, que é representado por outras 1.094 companhias.
“Conseguimos identificar duas principais características que favorecem as EACs persistentes. As empresas instaladas em regiões com maior gasto em Pesquisa e Desenvolvimento e onde a população tem maior escolaridade, apresentam maior probabilidade de estarem nos grupos com maior alto crescimento”, comenta Guilherme Fowler, Professor Associado do Insper e coordenador da Cátedra Endeavor. “Essa área de pesquisa é bastante vasta e, de certa forma, ainda pouco explorada. Isso representa tanto uma desvantagem, quanto uma oportunidade para estudos futuros”, complementa.
Para mais informações sobre o estudo, acesse o site.