Mercado de programas de fidelidade cresce 18% em resgates e empresas ampliam faturamento em 13,6%
Receitas, assim, chegaram a quase R$ 5 bi no último trimestre de 2023; entre os players, aquecimento é confirmado. Startup Alloyal, por exemplo, superou a marca de R$ 100 milhões em vendas anuais
O mercado de programas de fidelidade está em crescimento no Brasil, conforme aponta balanço recente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf). De acordo com o levantamento, o resgate de pontos e milhas pelos participantes subiu 18,3% em 2023, na comparação com 2022. Só no último trimestre do ano passado, o faturamento das empresas de fidelidade aumentou 13,6%, chegando a R$ 4,8 bilhões no período.
Também cresceu a quantidade de cadastros nos programas. Ao fim de 2023, eram 312,5 milhões, ou 5,4% a mais que em 2022. Já as transações realizadas pelos participantes de programas se elevaram em 9,7% na mesma comparação. A taxa de breakage (pontos/milhas expirados) atingiu seu menor patamar desde 2020, com 13,1% ao término de 2023. “Os dados são um sinal claro de que as iniciativas de fidelização seguem despertando o interesse dos brasileiros”, afirma o presidente da Abemf, Martin Holdschmidt.
A expansão do mercado de programas de fidelidade é atestada por players do setor. A Alloyal, startup de Minas Gerais que se posiciona no mercado brasileiro como uma Loyalty Tech (empresa de tecnologia para soluções em programas de fidelidade), ultrapassou em 2023 a marca dos R$ 100 milhões em vendas anuais, o dobro em relação a 2022.
A Alloyal é a nova denominação, adotada desde fevereiro último, pela então Lecupon. A mudança e o reposicionamento buscam acompanhar não só o crescimento do mercado, como a alteração de seu perfil – proporcionada por consumidores que demandam mais do que cupons de descontos; querem experiências para se fidelizarem a uma marca. Ou melhor, para serem leais a essa marca, nas palavras do CEO da startup, Aluísio Cirino.
“Os clientes pedem experiências mais personalizadas e mais marcantes. Mais do que fiéis, tornam-se fãs, leais à marca. Então, a era do cupom ficou para trás. Cabe a nós, players desse mercado, desenvolver soluções que contemplem esse anseio do consumidor”, pontua Cirino.