Inteligência artificial: como as ferramentas potencializam o marketing digital
Especialista destaca que as ferramentas de inteligência artificial podem personalizar experiências do usuário, prever tendências de consumo e até criar chatbots para atendimento ao cliente
Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados, prever comportamentos e automatizar processos, a inteligência artificial (IA) está transformando a forma como as empresas alcançam e engajam seus públicos-alvo. Processar informações e realizar tarefas que requerem inteligência humana podem ser feitas utilizando plataformas como Gemini, do Google, ou até mesmo o ChatGPT.
A principal força por trás das estratégias de marketing digital que buscam aumentar a performance e os resultados é a IA, que são máquinas e softwares que podem pensar, aprender e agir de forma autônoma ou semi-autônoma e pode ser utilizada em diversos processos no marketing digital.
Para o especialista em growth hacking da agência Intermídias, Igor Sena, a capacidade de encontrar insights de mercado em menor tempo, automatizar tarefas repetitivas, otimizar anúncios e analisar grandes volumes de dados de forma rápida são alguns dos benefícios de utilizar as ferramentas IA.
“As estratégias baseadas no volume de dados são essenciais. Quanto mais informações disponibilizamos à IA, mais seu algoritmo aprende e entrega resultados cada vez mais precisos. No marketing digital, é crucial seguir etapas que ajudem a definir estratégias eficazes, desde a identificação do público-alvo até a otimização de campanhas”, conta.
Neste mês, a empresa Google apresentou novidades sobre inteligência artificial generativa no evento Google I/O. Um dos pontos tratados foi a IA Gemini, que estará presente na busca do Google. De acordo com o especialista, a Gemini é uma ferramenta promissora para o marketing digital devido a capacidade de gerar textos criativos e informativos.
“A Gemini pode ser utilizada para criar conteúdo personalizado e otimizado para SEO (otimização para motores de pesquisa), melhorando assim a visibilidade online das empresas e atraindo mais tráfego. Além disso, a IA facilita a produção de conteúdo em larga escala, o que se espera que seja de grande ajuda para superar desafios na criatividade e atrasos na produção” Igor explica.
Mas não basta só utilizar, é preciso ter estratégias para um melhor resultado de performance. Igor destaca que para isso é preciso definir o público-alvo e personalização. “Ao fornecer informações detalhadas sobre seu negócio à IA, você possibilita a criação de experiências personalizadas para cada cliente com base em seus dados e comportamentos, resultando em conteúdo mais relevante, desde anúncios eficazes até e-mails com maior taxa de abertura. Exemplo: Buscar recomendações de produtos personalizados que aumentam as conversões e a fidelidade dos clientes.”
Outra estratégia é a automação e eficiência, em que a IA automatiza tarefas mais complexas, como análise de dados, otimização de campanhas e geração de relatórios. Assim, deixa o tempo do profissional mais livre para tarefas que exigem maior criatividade.
Além disso, também traz a transformação de dados em insights. “A IA analisa grandes volumes de dados e possibilita extrair insights valiosos para tomar decisões mais inteligentes sobre as estratégias de marketing. Esses insights permitem uma segmentação de público mais eficaz, com base em dados demográficos e comportamentais, além de possibilitar a atribuição de marketing”, enfatiza o especialista em growth hacking.
Uma das ferramentas mais eficazes e utilizadas para automação é o uso de chatbots, que ao simular conversação como um ser humano podem agilizar o atendimento ao cliente, inclusive o dia inteiro. Os chatbots podem responder a perguntas frequentes, resolver problemas básicos e até mesmo direcionar os clientes para os recursos certos, melhorando a experiência do usuário. “Outra estratégia eficaz é a criação de fluxos de e-mails automatizados, que permitem manter um relacionamento contínuo e personalizado com os clientes, enviando mensagens estrategicamente programadas para aumentar o engajamento e a fidelidade à marca”, conclui.
Mas é preciso se atentar a alguns aspectos, como qualidade dos dados, dependência da tecnologia, transparência ética e conformidade legal. Um dos pontos principais é revelar para que esses dados serão usados e como serão utilizados para que assim se cumpra a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei brasileira 13 709/2018), que controla a privacidade e o uso e tratamento de dados pessoais.