IA no B2B: como ela impacta as relações entre empresas e consumidores intermediários
Fabio Becker, CSM da Microsoft, defende que a IA pode ajudar empresas a encontrarem o match perfeito com outras futuras parceiras
O mercado já considera indiscutível o impacto do uso da inteligência artificial (IA) nos últimos anos, em todos os segmentos. Mas, no B2B, observa-se até mesmo um aumento na concorrência, com tantas novas formas de se destacar no meio digital com a ajuda das IAs. A tecnologia passou a redefinir processos e gerar interações comerciais com muito mais agilidade e muito menos burocracia.
Por meio dos algoritmos e análises de dados, ficou mais fácil captar novos clientes e crescer de forma orgânica, pois a tecnologia é capaz de identificar padrões, comportamentos e preferências, facilitando o match comercial. Segundo pesquisa divulgada pela Gartner, empresa americana de consultoria, 60% do trabalho dos vendedores B2B serão executados por meio de interfaces geradas por IA até 2028.
Mas nada disso deve ser motivo para pânico. Fábio Becker, customer success manager da Microsoft, acredita que o trabalho humano não será substituído, e sim aprimorado de maneiras notáveis. “Para que possamos usufruir ao máximo da inteligência artificial, a palavra-chave é integração. A integração das aplicações corporativas com IA e as diversas bases de dados forma um suporte muito poderoso. Quando bem utilizado, potencializa a entrega dos colaboradores e das empresas”, analisa Becker.
Identificar as escolhas dos clientes e de seus parceiros pode ser um processo ampliado e se tornar menos complicado com o uso da IA, atuando na fidelização entre as empresas. “Com uma base de dados à disposição, a tecnologia consegue apresentar importantes percepções sobre o comportamento e as preferências do consumidor final e intermediário, além de personalizar experiências e permitir que as empresas criem estratégias de engajamento. Dessa forma, a inteligência artificial contribui para a construção de relacionamentos mais sólidos entre companhias”, comenta Vera Thomaz, diretora comercial da Unentel, distribuidora de soluções tecnológicas para companhias.
Becker defende que, embora os benefícios mais comentados da IA envolvam seu uso no dia a dia, como buscar conteúdos ou ter respostas rápidas a questões variadas, a capacidade que a tecnologia tem de aumentar a criatividade e produtividade é bem mais importante.
“Abrir espaço na agenda para produzir e criar é uma das dificuldades que mais observo nas pessoas atualmente. Por isso, automatizar tarefas repetitivas, economizar tempo e esforço ao corrigir erros nos códigos e melhorar a qualidade e eficiência no desenvolvimento de sistemas é uma das maiores qualidades da IA. Ela permite focar no que importa de fato”, afirma.
Com toda a transformação no mercado, ainda é preciso falar sobre segurança tecnológica. À medida que a IA avança, a responsabilidade e a ética devem acompanhá-la. “Um dos pilares mais importantes do uso da IA, mesmo com todos os benefícios, é a atenção aos dados. O cuidado com a informação precisa estar em primeiro lugar para que empresas parceiras e clientes não sejam expostos”, finaliza Fábio.