Conheça os principais mitos sobre computação em nuvem
Especialista do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação desvenda o universo de clouding
A computação em nuvem é cercada de dúvidas e mitos. Do ponto de vista do consumidor, quando se fala em nuvem, imagina-se que é onde a mágica acontece, que os detalhes de implementação devem estar ocultos. Por isso é comum que hajam mitos e mal-entendidos sobre o assunto.
Os mitos podem nos levar a tomar decisões com base em suposições erradas ou até mesmo perigosas, impedindo a inovação, retardando o progresso em direção a metas reais e resultados reais. Pensando nisso, o IGTI, escola de pós-graduação 100% online voltada para o mercado de tecnologia e inovação, separou os 6 mitos mais comuns sobre clouding computing.
“Quando falamos de computação em nuvem ou clouding, as dúvidas giram em torno dos custos, o tipo de uso e principalmente a segurança. É comum também ficar na dúvida se esse é um recurso que pode ser utilizado para qualquer tipo de informação.” explica Leandro César Lopes Evangelista, especialista do IGTI.
Conheça os principais mitos de clouding e saiba como utilizar esta tecnologia:
Mito 1: A nuvem é sempre a melhor opção pois reduz custos
Esse é o mito predominante sobre a nuvem. Muitas pessoas pensam que ela sempre economiza dinheiro. Embora esse seja o caso algumas vezes, há muitos outros motivos citados para migrar para a nuvem, sendo o mais comum deles a agilidade. Em relação a infraestrutura como um serviço (IaaS), os preços realmente devem ser levados em conta, mas nem todos os preços de serviços em nuvem estão diminuindo (por exemplo, a maioria dos softwares como serviço [SaaS]). Assumir que a nuvem sempre economiza dinheiro pode levar a promessas limitadoras. Poupar dinheiro pode acabar sendo um dos benefícios, mas não deve ser tomado como certeza.
Mito 2: A nuvem deve ser usada para tudo
Em alguns casos há uma grande compatibilidade. Os exemplos incluem cargas de trabalho (workloads) altamente variáveis ou imprevisíveis, casos em que há economias claras e aquelas em que o provisionamento e o reprovisionamento, no estilo self-service, são fundamentais. A nuvem é indicada principalmente onde pode haver flexibilidade, e o negócio tem a capacidade de consumir e pagar apenas o que é necessário e quando necessário. No entanto, nem todos os aplicativos e cargas de trabalho se beneficiam da nuvem. A menos que haja redução de custos, mover um sistema legado que não muda, não é um bom caminho.
Mito 3: É preciso investir em uma estratégia de nuvem que contemple um único fornecedor
É natural querer simplificar e padronizar. No entanto, a computação em nuvem não é uma coisa simples e uma estratégia de nuvem, precisa ser baseada nessa realidade. Os serviços de nuvem são amplos e abrangem vários níveis (IaaS, SaaS), modelos (nuvem nativa), escopo (interno, externo) e sistemas. Por isso uma estratégia de nuvem deve se basear no alinhamento de metas de negócios com benefícios potenciais. Essas metas e benefícios são diferentes em vários casos de uso e devem ser a força motriz para as empresas, em vez de qualquer tentativa de padronizar uma oferta ou estratégia. Uma única estratégia de nuvem faz sentido se usar uma estrutura de decisão que permita múltiplas respostas.
Mito 4: A nuvem é menos segura que usar recursos locais
A computação em nuvem muitas vezes é taxada como menos segura. Até o momento, houve pouquíssimas violações de segurança na nuvem pública — a maioria das violações continua a envolver ambientes de data center local. Há também uma visão oposta de que as plataformas de nuvem são realmente mais seguras do que as plataformas locais. Isso pode, de fato, ser verdadeiro para muitas empresas de pequeno ou médio porte, algumas das quais não podem fazer os investimentos de segurança necessários. Também é importante identificar onde reside a responsabilidade de segurança e onde está a linha divisória. Por exemplo, se um cliente usa um provedor de IaaS na nuvem, esse provedor é responsável pela segurança no nível de IaaS, mas o cliente deve possuir a estratégia geral de segurança e apropriar-se do aplicativo e de outros problemas de segurança de nível superior.Os provedores de nuvem devem demonstrar suas capacidades, mas, depois de fazer isso, não há motivos para acreditar que suas ofertas não possam ser seguras. Avalie suas capacidades reais e as capacidades de seu provedor em potencial e mantenha ambos em padrões razoáveis. Assumir que os recursos locais são mais seguros pode levar a uma falsa sensação de segurança.
Mito 5: Cloud = Data Center
Uma estratégia de nuvem não deve ser igual a uma estratégia de data center. É comum que pessoas focadas em uma área (datacenter, por exemplo) pensem que a computação em nuvem é apenas sobre isso. O uso contínuo do termo “nuvens” (em vez de serviços em nuvem) leva à percepção de que cloud é igual a data center. O foco deve estar mais nos serviços de nuvem. A dica é observar as decisões na nuvem com base na carga de trabalho por carga de trabalho, em vez de usar uma abordagem “tudo ou nada”. As estratégias de terceirização de nuvem e datacenter estão relacionadas, mas não são a mesma coisa.
Mito 6: Nuvem Privada = Virtualização
A virtualização é uma tecnologia de ativação comumente usada para computação em nuvem. No entanto, não é a única maneira de implementar a computação em nuvem. Mesmo que a virtualização seja usada (e usada bem), o resultado não é a computação em nuvem. Use o termo certo para descrever o que você está construindo. Você não precisa estar na nuvem para ser bom.