Conheça a hiperautomação, a estratégia para o aumento de eficiência nas empresas, por Bruno Magalhães* e Alberto Guimarães**
A economia pós-pandemia está sendo marcada por um cenário econômico desafiador, que pressiona as empresas a buscar maior eficiência e, dessa forma, melhorar seus resultados financeiros. Há algum tempo as empresas têm utilizado tecnologias digitais para o aumento de produtividade e redução de custos. Nesse contexto, Hyper Automation se torna uma realidade necessária para a digitalização dos modelos operativos de médias e grandes empresas.
O Hyper Automation, ou hiperautomação, dá conta de processos complexos como avaliar e aprovar reembolsos a atividades simples como preencher uma tabela de forma automática. Trata-se de uma combinação da análise do modelo operativo com o uso de diferentes tecnologias emergentes capazes de melhorar exponencialmente os resultados de tarefas das empresas.
Apresentada como uma tendência desde 2020 pela Gartner, a hiperautomação é vista por especialistas do mercado como o futuro que, dado o cenário econômico atual, se tornará presente no curto ou médio prazos.
O objetivo da hiperautomação é buscar a excelência de modelos operacionais e respectiva governança, além de maximizar e hipercustomizar a experiência do cliente por meio da utilização de tecnologias como a Inteligência Artificial (AI) e Automação Robótica de Processos (RPA, na sigla em inglês), junto com a capacitação dos colaboradores envolvidos. O resultado é um aumento de produtividade, diminuição de erros nos processos, além de reduzindo de custos e otimização de tempo.
Na verdade, a hiperautomação está em linha com as principais necessidades estratégias das empresas, garantindo melhorias significativas em, por exemplo: qualidade, produtividade e eficiência, escalabilidade, customer experience, governança/compliance, redução de custos/eficiência e agilidade. E, apesar de tantos ganhos potenciais, por se tratar de um tema complexo, muitas das vezes as empresas não se encontram preparadas para realizar todo o processo de hiperautomação — da avaliação até a implementação. Diversos estudos mostram que as empresas brasileiras ainda possuem um nível baixo de operações digitais e, quando buscam fazê-lo, acabam, por inexperiência e/ou falta de planejamento, gastando mais recursos do que o necessário.
De acordo com Gartner, o mercado global para hiperautomação chegará a US$ 600 bilhões em 2023 — um crescimento de mais de 25% desde 2020. É um mercado em franco crescimento. De 2017 a 2022 foram investidos mais de US$ 5 bilhões em startups de tecnologia de linguagem natural para inteligência artificial.
Hiperautomação é uma realidade que se impõe às empresas de forma acentuada. É uma corrida que ninguém vai querer ficar para trás e, por isso, deve estar nas agendas de todas as empresas para os próximos meses e anos.
Bruno Magalhães é diretor de Estratégias de Operações Digitais da NTT Data
**Alberto Guimarães é gerente de Estratégias de Operações Digitais da NTT Data