Provas de que a Inteligência Artificial mudou o RH das empresas
Para Susanne Andrade, especialista em desenvolvimento humano, ferramentas atreladas ao trabalho são importante segredo para que empresas tenham maior agilidade em seus processos
Quando adentramos nesta década, em 2011, era possível identificar movimentações internas, de pequenas e médias empresas, que queriam transformar o Departamento Pessoal em uma grande área de Recursos Humanos, assim como as grandes já haviam adotado. Mas seria isso possível de acontecer?
Para os mais céticos, sim! Ao observar o último ano da década, a especialista em desenvolvimento humano e autora do best-seller “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”, Susanne Anjos Andrade, listou quatro tópicos que comprovam a importância da Inteligência Artificial (IA) para o amadurecimento do departamento de Recursos Humanos dentro empresas.
Processos Seletivos Inteligentes
A Inteligência Artificial, por meio dos autobots e algoritmos, permite que candidatos tenham seus perfis, nas redes sociais, analisados e avaliados por plataformas específicas em questões de segundos, facilitando o processo seletivo. De acordo com uma pesquisa recente da Deloitte, cerca de 33% das empresas no mundo já aplicam a IA no RH. Foram entrevistados mais de 10 mil gestores.
“O perfil dos candidatos tem mudado na última década. Empresas começaram a entender que ao descomplicar processos, as chances de encontrar talentos aumenta”, explica Susanne.
De acordo com a pesquisa HR Thinking 2019, 61% dos candidatos desistem de participar de processos seletivos por conta da burocracia, enquanto 55% deles deram nota 9 ou 10 por inscrições feitas por meio de chatbot.
Processos internos
A disrupção tecnológica acelerou bastante a evolução dos Recursos Humanos no Brasil e no mundo. Os processos internos dentro das empresas foram otimizados, sendo desde a assinatura online de um documento até o treinamento de equipes por vídeo conferências ou plataformas de e-learning.
“Isso não quer dizer que o Recursos Humanos virou um setor de Recursos Digital. Com certeza é algo que está longe de acontecer, mas com a disrupção tecnológica, o uso de ferramentas atreladas ao trabalho tem sido um “importante segredo” para que as empresas passem a tratar com maior agilidade os seus processos”, explica Susanne.
Ferramentas de Avaliação
Nos dias de hoje, o departamento de RH não é mais responsável por cobrar e fazer acontecer uma avaliação de desempenho dos funcionários. Ele funciona como facilitador para que os gestores de cada área assumam o seu papel enquanto líder de um time e responsável por seu desenvolvimento. “Hoje, muitas empresas deixam de adotar a prática de “avaliação”, com o foco na prática constante de feedbacks enquanto ferramenta de desenvolvimento humano de maneira constante e espontânea no dia a dia, o que é o ideal, quando o RH é também facilitador, atuando de maneira cada vez mais estratégica”, explica a especialista.
Soft skills
A tecnologia fundamental nesse movimento se refere ao desenvolvimento de soft skills dos colaboradores, o que possibilita uma gestão cada vez mais horizontal e de protagonismos entre todos os profissionais que fazem parte da organização, quando o RH ágil deve atuar de maneira inspiradora também. “Isso ocorre por entendermos que vivemos hoje em um mundo cada vez mais tech e cada vez mais touch. É a década da “inteligência artificial” alinhada com a “inteligência emocional”, conclui.
Mas qual seria a expectativa para o futuro do RH? Para Susanne, “a expectativa é de que posicione como um RH ágil, atuando como líder educados, com o propósito de que cada área assuma o protagonismo no que se refere ao desenvolvimento de pessoas.”
Mas qual seria a expectativa para o futuro do RH? Para Susanne, “a expectativa é de que posicione como um RH ágil, atuando como líder educados, com o propósito de que cada área assuma o protagonismo no que se refere ao desenvolvimento de pessoas.”