Adotar analytics pode promover práticas mais eficientes e melhores processos de tomada de decisão, diz novo estudo divulgado pela TGT Consult
Relatórios ISG Provider Lens™ Analytics Services e ISG Provider Lens™ Analytics Platforms and Solutions revelam que o uso de chatbots inteligentes e o crescimento de bancos digitais são exemplos de casos notáveis de ciência de dados no país
A priorização da transformação digital se tornou obrigação durante o ano de 2021, uma vez que as empresas precisaram se adaptar para melhor atender seus clientes durante a pandemia da covid-19. O foco em aprender a lidar com incertezas e reorganizar a cadeia de valores das companhias influenciou projetos e a visão que os executivos têm da jornada de dados. É o que podemos observar nos novos relatórios ISG Provider Lens™ Analytics Services e ISG Provider Lens™ Analytics Platforms and Solutions de 2021 para o Brasil
De acordo com o relatório, divulgado essa semana pela TGT Consult, a transição para uma Era baseada em dados tornou-se obrigatória para que as empresas progridam no mercado. Adotar analytics pode promover práticas mais eficientes e melhores processos de tomada de decisão, criando ambientes mais seguros, vantagens competitivas entre os fornecedores e gerar novas receitas. No Brasil, o uso de chatbots inteligentes e o crescimento de bancos digitais são exemplos de casos notáveis de ciência de dados no país.
A maioria das empresas brasileiras ainda está nos estágios iniciais do processo de adoção da jornada de dados, diz o estudo. Diversas companhias ainda não fizeram a integração de IoT e dados de terceiros, que poderiam auxiliar na coleta de insights adicionais. Com isso, observa-se uma tendência de crescimento no setor de serviços de engenharia de dados, como explica Marcio Tabach, analista líder da TGT/Consult ISG e autor do estudo.
“No Brasil, a arquitetura de dados não é integrada e muitos dados estão on-premise, e não em nuvem. Ainda há muito trabalho a ser feito no quesito de qualidade de dados, ou seja, reduzir e cruzar informações duplicadas e esse é um serviço de engenharia de dados”, comentou. “A outra tendência diz respeito aos serviços de gerenciamento de ciclo de vida, com a figura do DataOps, ou seja, um profissional que cuida de todos os dados da empresa de forma que eles sejam aproveitados e usados para extrair valor quando necessário”.
A disponibilização de dados e ferramentas de análise para colaboradores vem tendo sua importância reconhecida por empresas dentro e fora do país, como indica o estudo. Plataformas de análise de autoatendimento e inteligência de negócios (BI) auxiliam esse processo, uma vez que é possível assinar plataformas SaaS ao redor do mundo. Mesmo assim, os fornecedores do Brasil devem se atentar ao número reduzido de players nacionais, uma vez que as estratégias de entrada no mercado não são tão eficazes no país.
Segundo o estudo, é fundamental que a análise de dados se torne acessível para economistas, engenheiros e administradores, já que há escassez de cientistas de dados e de mão de obra qualificada. É necessário que as plataformas tenham interfaces de usuário simples e interativas para que administradores implantem suas análises e painéis de forma fácil, sendo que eles possuem fortes habilidades analíticas. A inclusão de processamento de linguagem natural (PNL) também é indispensável na usabilidade.
No entanto, grandes fornecedores dão prioridade para o agrupamento de diversas soluções e licenças de usuário sob um preço de etiqueta único, o que faz com que o preço da plataforma de BI de autoatendimento se torne competitivo. O ponto de atenção é que as empresas nacionais ainda não estão focadas em traduzir problemas de negócio com o uso da ciência de dados, como explica Tabach. “Ainda existe uma busca por machine learning e uso de ciência de dados muito voltado para a moda. Essa lacuna entre necessidade de negócios e tecnologia ainda não está clara para as empresas, então temos muitas companhias investindo em tecnologia, mas não de uma forma que extraia o melhor valor. Não se pensa muito na conexão de resposta aos problemas de negócio com o uso da tecnologia”.
A democratização de dados também tem um papel importante entre os fornecedores, como indica o relatório. As companhias têm seus dados hospedados em diferentes nuvens, necessitando de integração entre várias plataformas para desenvolver uma análise completa e cruzar diferentes variáveis. As principais plataformas são desenvolvidas para operar em um ambiente de nuvem híbrida, permitindo melhor integração em tempo real.
Marcio Tabach destaca que a edição de 2021 dos estudos traz plataformas brasileiras nos quadrantes de Data Preparation and Integration Platforms. “É interessante ver empresas brasileiras preenchendo lacunas deixadas pelas multinacionais nesse estudo”, finaliza.
O relatório ISG Provider Lens™ Analytics Services 2021 para o Brasil avalia as capacidades de 30 fornecedores em três quadrantes: Data Science Services, Data Engineering Services e Data Lifecycle Management Services.
O relatório nomeia Accenture, Deloitte, EY, IBM e Keyrus como líderes em todos os três quadrantes. Deal, Logicalis, Stefanini e Wipro como líderes em dois quadrantes cada e Compasso UOL e Infosys como líderes em um quadrante cada.
Além disso, Assesso, Dedalus e UniSoma são nomeados como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e um “alto potencial futuro” pelas definições do ISG – em um quadrante cada.
O relatório ISG Provider Lens™ Analytics Platforms and Solutions 2021 para o Brasil avalia as capacidades de 25 provedores em dois quadrantes: Self-Service Business Intelligence Platforms e Data Preparation and Integration Platforms.
O relatório nomeia Microsoft, SAP e SAS como líderes em ambos os quadrantes. Ele nomeia IBM, Informatica, Microstrategy, Oracle, Qlik, Semantix e Tableau como líderes em um quadrante cada.
Além disso, Looker e Qlik são nomeadas como Rising Stars em um quadrante cada.
Os relatórios 2021 ISG Provider Lens™ Analytics Services e Analytics Platforms and Solutions para o Brasil estão disponíveis para assinantes do ISG ou para compra eventual.