Telemedicina cresce nas áreas de neurologia, psiquiatria, endocrinologia e dermatologia
Números foram levantados pela TopMed, empresa que investe em pesquisas que mostram as possibilidades de universalizar o atendimento na telessaúde
A TopMed torna público o resultado de pesquisas que reforçam o potencial da telemedicina para diferentes áreas médicas e reafirmam o alto nível de assertividade dessa ferramenta para consultas e tratamentos clínicos. Durante um período de 24 meses, entre junho de 2021 e maio de 2023, a empresa monitorou seus atendimentos e identificou um aumento de 50,2% no número de consultas a distância, em todas as regiões brasileiras, com maior concentração no Sul, Sudeste e Nordeste.
A empresa catarinense está empenhada em ampliar ainda mais o investimento em Pesquisa e Desenvolvimento. Além de pioneira em telemedicina e saúde digital no país, a TopMed se destaca em sua área de atuação como autora de estudos científicos que fomentam a criação de novas ideias. A iniciativa, além de aperfeiçoar produtos e serviços, torna a companhia uma referência em conhecimento de ponta, capaz de propiciar soluções eficazes e impulsionar a cultura da inovação no mercado da telessaúde.
No período, também houve acréscimo de 96,3% em atendimentos de especialidades médicas como neurologia, psiquiatria e endocrinologia, dermatologia, neurologia pediátrica, entre outras. Outro número que chama a atenção é a elevação em 39,9% nas consultas de clínica geral e medicina da família e comunidade.
Homens procuram menos ajuda médica mesmo na telemedicina
Do total de pacientes, 63,4% são mulheres, em sua maioria na faixa etária entre 20 e 49 anos, e 36,5%, homens. Neste universo pesquisado, 81,83% dos usuários têm entre 20 e 59 anos.
“É sabido que as mulheres têm mais cuidado com a saúde do que os homens. E, embora estudos recentes demonstram um aumento significativo da procura do público masculino por consultas médicas, ainda estão bem atrás das mulheres em termos de atenção à saúde”, observa a médica Renata Zobaran, diretora de telemedicina e saúde digital da TopMed.
Ao final do estudo, a empresa consolidou uma taxa de resolutividade de 94,5%, índice 8,7% maior do que o de junho de 2021.
Segundo Renata Zobaran, existem áreas médicas ainda pouco exploradas pela telemedicina devido a características e restrições particulares. Como exemplo, as especialidades cirúrgicas, já que, por existir a indicação de cirurgia na maioria das vezes, há preferência pelo atendimento presencial. A oftalmologia, ela complementa, ainda é pouco explorada, porque depende muito do uso de equipamentos para a realização de exames durante a consulta.
“Todas as especialidades tendem a crescer dentro da telemedicina à medida que a tecnologia vai sendo incorporada. Porém, é sempre importante lembrar que o objetivo desse modelo de atendimento não é substituir totalmente o presencial, mas contribuir para o acesso seguro e de qualidade a mais pessoas.”
Em relação ao salto na quantidade de atendimentos virtuais, a médica destaca dois momentos. O primeiro na fase inicial da pandemia, que obrigou as pessoas a ficarem em suas casas para evitar aglomerações em unidades de pronto atendimento. “A telemedicina para atendimento clínico e avaliação de sintomas foi experimentada e aprovada por muitos pacientes, além do próprio Governo Federal”.
O segundo pico de crescimento foi a busca por consultas com médicos especialistas, tanto por parte da população quanto por agentes das iniciativas públicas e privadas. “Esse movimento aconteceu mais a partir do segundo ano da pandemia, quando a telemedicina já estava validada e, portanto, empresas, instituições e outros segmentos do mercado viram a oportunidade de estender os benefícios desse modelo de atendimento para mais pessoas.”
Renata lembra ainda que a distribuição dos profissionais de saúde no Brasil é muito desigual, havendo concentração em grandes capitais e regiões do litoral, o que ocasiona escassez de especialistas de variadas categorias.
Ela destaca que com a telemedicina é possível mudar esse cenário e beneficiar mais indivíduos, sobretudo integrantes de populações atualmente pouco assistidas, sem a necessidade da presença física do médico.