Por que o social commerce deve fazer parte do seu negócio? Por Alexandra Avelar*
/ O Instagram começou como um aplicativo de compartilhamento de fotos, mas a entrada de marcas e influenciadores mudou rapidamente a forma como os usuários interagiam com a plataforma. De repente, as pessoas não queriam apenas gostar de uma imagem – queriam ser capazes de concluir uma ação. Passaram a querer saber como poderiam comprar os produtos apresentados no conteúdo que consomem diariamente.
É fácil ver por que o comércio nas redes sociais é um ajuste natural. O lugar onde os usuários procuram se divertir é o mesmo lugar onde buscam inspiração, o que pode facilmente se traduzir em compras. Nas redes sociais, basta ver, clicar e comprar. As plataformas foram além, e agora você nem precisa mais inserir os detalhes do seu cartão na hora da compra.
O consumidor atual age de maneira digital e está, mais do que nunca, voltando suas compras para o online. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do e-commerce no Brasil totalizou um valor recorde de R$224 bilhões no ano passado. Mas, embora as compras online ofereçam conveniência, o efeito pode ser contrário caso o cliente não tenha uma experiência de compra satisfatória do início ao fim.
Ao fazer uma compra online, existem algumas etapas até concluir a transação e muitas coisas podem dar errado no meio desse processo. Por isso, a coleta de feedback e dados do consumidor pode ajudar as marcas a identificarem os desafios na experiência do cliente e fazer o uso da tecnologia para resolvê-los. Isso gera uma oportunidade única de se destacar, garantindo um processo mais fluido, proporcionando uma experiência de compra ainda mais agradável. Afinal, existe alguma maneira melhor de ofuscar a concorrência?
O Social Commerce está longe de ser algo novo no mercado. Mas, embora ele já exista há algum tempo, muitas marcas ainda não estão tirando 100% de proveito dele, o que pode resultar em perda de receitas a longo prazo. Para os próximos oito anos, a expectativa é que esse tipo de comércio atinja a marca de US$3 trilhões mundo afora.
Durante a pandemia, muitos varejistas interromperam suas atividades e se perguntavam quando seus pontos de venda iriam reabrir em grande escala. Em um momento caótico com muitas limitações, o verdadeiro obstáculo passou a ser conectar os consumidores aos produtos por meio dos canais digitais. Os dias de direcionar o tráfego de pedestres para uma loja física aparentemente haviam acabado e os profissionais de marketing experientes investigaram todas as opções para manter o público envolvido, dando continuidade ao crescimento dos negócios. Algumas marcas aproveitaram a situação e prosperaram, estabelecendo novos padrões de referência em termos de transformação digital.
De acordo com um estudo realizado pela Cuponation, foi registrado um crescimento de 325% no uso das redes sociais ano após ano. Consequentemente, não é surpresa que as compras online também aumentaram, criando uma oportunidade para mais descobertas de produtos por meio da navegação e pesquisa online. Mas as marcas não foram as únicas que aproveitaram essa tendência. As redes sociais têm trabalhado arduamente na produção de recursos variados para social commerce, como as lojas de lançamento do Instagram e os novos recursos de e-commerce e publicidade do TikTok.
Hoje, segundo dados do IBGE, o Brasil tem mais de 40 milhões de pessoas com 12 a 24 anos de idade. Cada vez mais, esses jovens aumentam seu poder de compra começando a definir o tom para o futuro do comércio digital. Então as marcas precisam se familiarizar com este grupo de consumidores e suas preferências. Por que essa geração é tão especial? São os primeiros verdadeiros nativos digitais, tendo crescido com tecnologia, tablets e smartphones durante toda a sua vida.
Mais marcas estão aproveitando as lives de compras para ouvir e interagir com seus clientes. A transmissão ao vivo tem sido uma das ferramentas de marketing orgânico mais envolventes até hoje. O sucesso disso reside em sua autenticidade. Ao evitar a aparência excessivamente produzida de vídeos clássicos de marketing, o live commerce permite que as marcas ofereçam uma experiência mais pessoal para quem está assistindo. A interatividade em tempo real replica a urgência do mercado, solicitando ação imediata e maior participação da comunidade.
O Facebook está desenvolvendo ferramentas nativas de compras ao vivo e o Shopify e TikTok anunciaram uma parceria comercial. Os comerciantes agora podem implantar anúncios em vídeo compráveis in-feed no TikTok que direcionam o tráfego diretamente para sua loja Shopify.
Dessa forma, não há dúvida de que a mudança social é algo permanente. Portanto, não será mais suficiente ter uma plataforma de e-commerce atraente ou apenas se envolver no Social Commerce. Os consumidores mais jovens e os mais experientes em tecnologia querem que as marcas se conectem com eles de maneiras novas e empolgantes, tornando a jornada do cliente mais fácil e mais agradável a cada passo ao longo do processo.
*Alexandra Avelar é Country Manager da Emplifi no Brasil