Mercado varejista não está preparado para atender pessoas com deficiência
88% dos entrevistados afirmam que as lojas não oferecem estruturas preparadas para o atendimento
Segundo pesquisa realizada pelo Grupo Croma que investigou como as marcas estão lidando com os temas “longevidade” e “diversidade” de orientação sexual, gênero, etnia e pessoas com deficiência, revelou que 88% das pessoas ouvidas concordam que as lojas brasileiras não oferecem estruturas preparadas para atender pessoas com deficiência e 70% afirmam que o atendimento de vendedores e call centers ainda oferece um serviço inadequado para esse público.
O levantamento que ouviu mais de 1.814 pessoas em todo o Brasil também mapeou quais são as principais reivindicações das pessoas com deficiência. 70% dos participantes consideram como tema prioritário o planejamento das lojas para atender esse público e em segundo lugar aparece na lista de prioridades o lançamento de produtos e serviços (65%), seguido por propagandas (62%) e contratação de pessoas que representem o público PCDs (55%).
“Infelizmente a sociedade tende a estigmatizar as pessoas com deficiência física no contexto social, econômico e de consumo. Seus desejos são dificilmente atendidos porque a maioria das empresas não enxerga esse mercado como potencial. Falta empatia e poucas marcas põem em prática ações inclusivas para esse público. Para 62%, as empresas ainda têm grande preconceito na contratação de pessoas com deficiência,” explica Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma
Apesar de o Brasil ter leis que orientam como lidar com a questão no país, as pessoas com deficiência física enfrentam preconceito. De acordo com o Oldiversity®, 7% dos participantes ainda acham estranho serem atendidos por pessoas com deficiência. Atualmente poucas marcas realmente adotaram uma postura Oldiversity, seja por meio de seus produtos e serviços ou da sua comunicação. “Essa prática é fundamental para uma sociedade mais justa, as marcas também ganham, 53% acreditam que elas deveriam ter propagandas específicas para pessoas com deficiência e 59% que produtos e serviços deveriam ser desenvolvidos para esse público,” finaliza Bulla.