4 tecnologias para pôr em prática os conceitos do Varejo 4.0, por Marco Salvo*
A digitalização do varejo traz uma série de vantagens, não apenas para os consumidores, mas para os próprios varejistas. Ganho de tempo, precisão nos dados e mitigação dos erros são algumas das mais conhecidas. Muito mais do que um discurso, adaptar-se é uma questão de sobrevivência do negócio.
Além da qualidade dos produtos, o consumidor é conquistado por experiências durante sua compra, seja no ambiente físico ou virtual. Por isso, é preciso reunir estratégias, conhecimentos e tecnologias para desenhar um novo modelo de negócio, alinhado às expectativas do mercado. O Varejo 4.0 é o caminho para oferecer aos consumidores produtos de forma mais eficiente, otimizada e personalizada.
Essas são 4 tecnologias capazes de ajudar as empresas a colocarem em prática os conceitos do modelo 4.0, com objetivo final de satisfazer e fidelizar os clientes:
Big Data: Os dados do consumidor geram uma série de informações que podem ser usadas para criar estratégias de marketing, por exemplo, de forma mais assertiva, levando em consideração os gostos e comportamento dos clientes, e, consequentemente, aumentando as vendas.
Claro que o uso deve considerar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), medida que visa proteger informações pessoais e empresariais. Seguindo as normas, é possível fazer uma leitura do perfil dos clientes e entregar a eles aquilo que é de seu interesse.
Omnichannel: Já se foi o tempo em que a venda remota era feita apenas por uma ligação no SAC. Com o advento e democratização dos canais digitais, clientes preferem que as interações com as marcas aconteçam de outra forma. A venda passa a existir em diferentes plataformas, podendo começar no e-commerce, em seguida passar pelo espaço físico, para conhecer de perto o produto, e ser finalizada em um marketplace.
Os consumidores querem que sua experiência de compra seja ilimitada. Isso inclui adquirir produtos em diferentes plataformas, pesquisar de qualquer lugar e decidir por si próprio a forma de pagamento. Para competir nesse cenário é fundamental que todas as opções estejam disponíveis. Oferecer variedade aos clientes é um requisito fundamental para quem deseja criar uma experiência omnichannel.
Inteligência artificial: Para o consumidor final, essa tecnologia pode ser disponibilizada por meio de totens de atendimento em lojas físicas, tornando possível consultar valores e efetuar pagamentos sem mesmo a necessidade de um atendente. Já no ambiente virtual, filtros de atendimento por chatbots e sugestões de produtos similares, ao final dos pedidos, ajudam os consumidores a encontrarem artigos com características similares ao que lhe agrada, e, assim, adquirirem combos de produtos em sua compra, aumentando o ticket médio.
A inteligência artificial aprende com os dados gerados por cada operação e a cada contato, suas entregas tendem a ser mais assertivas e eficientes.
Realidade virtual: Essa experiência, auxiliada por um par de óculos de realidade virtual, permite ao consumidor experimentar em qualquer lugar um artigo ou aprovar um projeto de construção, por exemplo, com uma visão muito similar do que seria no mundo físico. Isso traz agilidade, ajuda no processo de escolha e agrega valor à experiência de compra do cliente.
Todas essas tecnologias precisam estar integradas e serem coordenadas de forma precisa. Para isso, os ERP’s mais modernos evoluíram para integrar as inovações, auxiliar na gestão da operação e orquestrar a conexão entre todos os canais e plataformas da empresa. Essas ferramentas de gestão melhoram os processos dos varejistas, integram dados e proporcionam aos consumidores a escolha de onde, quando e como comprar. Uma experiência consistente e moderna, baseada nos preceitos do Varejo 4.0.
*Marco Salvo é especialista em ERP e transformação digital, atua na área de desenvolvimento de novos negócios e soluções na Sankhya Gestão de Negócios