3 curiosidades sobre as tecnologias que compõem o ChatGPT, por Thiago Thamiel*
Não há dúvidas que as soluções de ChatGPT chegaram com força ao mercado, exemplo disso é que, na semana seguinte, duas gigantes da tecnologia — a Google e a Microsoft — anunciaram suas próprias versões de Inteligência Artificial (IA) para mensageria. Segundo uma pesquisa divulgada pela IBM, em setembro de 2022, a adoção global de IA cresceu de forma constante em todo o mundo, sendo que 41% das empresas brasileiras indicaram que implementaram ativamente a tecnologia.
Além disso, o uso de IA no segmento da mensageria também tem crescido, conforme aponta o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots — 2022. O estudo mostra que, entre agosto de 2021 e agosto de 2022, somente pelo canal WhatsApp, 89% dos usuários afirmam que já foram atendidos por um robô em conversas com empresas.
De olho nesse movimento de mercado, a aplicação da inteligência artificial nos chatbots está sendo a resposta encontrada pelas companhias para um consumidor cada vez mais exigente, consciente e com meios de se comunicar e expressar. Ao ser implementada com esse propósito, a IA é capaz de gerar respostas completas e naturais — mesmo diante de interações complexas — e de ser bastante eficaz para análises, rapidez e precisão. Tudo isso gera muitas dúvidas em quem está na outra ponta, afinal, quais são as tecnologias por trás do robô e que fazem tudo isso ser possível?
Processamento de Linguagem Natural (NLP)
O primeiro que podemos apontar — que talvez seja o maior diferencial para as soluções nesse sentido — é o processamento de linguagem natural ou NPL. Essa combinação permite que a IA seja capaz de entender e interpretar o que é dito pelo consumidor. Além disso, faz com que o bot consiga responder de acordo com as características de linguagem da empresa.
Modelos de aprendizado de máquina
O termo conhecido como machine learning também é fundamental nesses casos. Por meio desse “aprendizado de máquina”, o robô é abastecido com uma enorme quantidade de dados e informações que, quando necessário, são processados e transformados no conteúdo das respostas.
Redes Neurais Artificiais (RNA) e Conversational IA
A RNA é possível de ser associada ao funcionamento do cérebro humano, afinal, depois de ter a capacidade de processar a linguagem e de ter um acesso infinito às informações, a inteligência artificial precisa de um sistema que a faça executar o que ela já está preparada para fazer. Os algoritmos das redes, em conjunto com soluções de Conversational IA — que permitem a fluidez da conversa em chatbots –, ajudam no processo de decodificar o que é pedido, correlacionar com o banco de dados e entregar uma resposta natural e que atenda às expectativas do consumidor.
Juntas, essas tecnologias permitem que o ChatGPT seja essa nova onda que chegou para revolucionar o mercado, atuando como um respiro para um segmento que tem enfrentado diversos desafios nos últimos meses. Dar espaço para novas soluções é um meio de aquecer o setor e de gerar novas oportunidades que possam ser exploradas.
*Thiago Thamiel é cofundador da Robbu