O papel do CMO no mercado digital-first, por Sharon Harris*
/ Contar histórias de marcas que ressoem, trabalhar em prol da digitalização da experiência do consumidor, construir novas potencialidades em marketing digital e liderar a nova onda de inovação em comunicação digital
O papel do CMO no atual mercado digital-first expandiu muito além dos padrões esperados. Em seu mais recente relatório, Leadership Vision for 2021: Chief Marketing Officer, o instituto Gartner relatou que as atuais demandas superaram completamente os papeis tradicionais dos representantes de marcas, da direção em marketing e da liderança executiva dos integrantes de um time. O mercado de trabalho clama por um nível de agilidade que permita que o CMO não apenas garanta sucesso nos negócios, mas também proteja a sobrevivência da marca.
A expectativa de que um único executivo gerencie todos os canais necessários, enquanto mantém um ponto de vista amplo o bastante para estabelecer fortes estratégias, não é mais realista. Como então o atual CMO pode construir rapidamente um time que possa agilizar suporte técnico e encaminhar sua visão em tempo real, enquanto o mercado constantemente muda ao seu redor?
Certos negócios ainda recorrem a um modelo ultrapassado de parceria. Puxam a alavanca da agência tradicional, direcionando-se aos especialistas full-service para preencher uma lacuna. Contudo, tais agências ainda tratam o digital como parte do quebra-cabeça ao invés de um fator central para o sucesso. Com tal mentalidade, fica impossível inovar num cenário digital-first. Ademais, muitas agências tradicionais ainda estão batalhando internamente com seus próprios desafios digitais num ambiente global.
Para se manter competitivo, o CMO deve construir ou refinar um time de marketing digital ágil e capacitado. Caso a escolha seja o alinhamento com uma agência externa, parceiros em potencial precisam ser escrutinados para garantir que eles tenham domínio digital, criatividade, talento e plataformas para atingir as metas apresentadas. Parceiros que não apenas foquem na transformação digital, mas que constantemente busquem oportunidades de negócios que expandam o foco, mostrando seu valor com expertise técnica para criar iniciativas digitais e infraestrutura. A agilidade é a segunda natureza dos parceiros digital-first; especialistas treinados para prever a chegada da transformação e engajar numa mudança de planos quando necessário.
Não mais apenas parte do portfólio, o digital inequivocadamente é o cerne do fator de sucesso do marketing de negócios. Já está claro que o CMO precisa de mais do que um time de profissionais de marketing tradicionais. Com um exército de expertise multinível bem selecionado, o CMO pode focar no que deve realmente ser o seu papel principal: o estrategista por trás da habilidade de sua marca em se conectar com os consumidores no mundo digital.
*Sharon Harris é CMO da Jellyfish