Segurança digital: confira as principais dicas para proteger pequenas e médias empresas de ataques e vazamentos de dados
Especialista em redes corporativas ensina como mitigar falhas de segurança e evitar vulnerabilidades e ameaças externas
Quando o assunto são pequenas e médias empresas, é comum ouvirmos comentários de que uma estrutura de proteção de dados não se faz necessária. Pelo menor volume no tráfego de dados e operações de menor escalabilidade, os pequenos empreendedores tendem a pensar que as simples barreiras de proteção de rede, como os populares softwares de antivírus, são suficientes para garantir que estão seguros. A verdade é que, independente do porte e da área de atuação da empresa, basta estar conectada à internet para que uma rede esteja vulnerável a ataques, invasões ou vazamentos de dados sigilosos.
O megavazamento de dados de mais de 200 milhões de brasileiros que acaba de vir à tona logo após a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrar em vigor no país, ressalta a importância da implementação de outras ferramentas de bloqueio para garantir a real segurança que as empresas precisam para operar e atuar em conformidade com a nova legislação. De acordo com um levantamento da Zyxel, multinacional taiwanesa especializada em redes corporativas, cerca de 70% das pequenas e médias empresas sofreram algum tipo de ataque em 2020.
“Com o avanço da transformação digital nas empresas, multiplicou-se o número de operações no ambiente online e de dispositivos conectados a uma mesma rede. Esse volume traz muitas vulnerabilidades e nem sempre se leva em consideração a importância de adotar soluções para se proteger de ataques e links maliciosos. As empresas que não possuem nenhum tipo de bloqueio contra softwares maliciosos podem sofrer prejuízos financeiros significativos, além do comprometimento de informações sigilosas de terceiros, o que pode, inclusive, gerar processos judiciais e multas por infração à LGPD, por exemplo”, comenta Arnaldo Mapelli, gerente comercial da Zyxel.
Mas apesar dos riscos, a partir de iniciativas simples, práticas e intuitivas, com pequenas mudanças é possível diminuir as chances de sofrer ataques de invasores. Confira a seguir as principais dicas do executivo para reforçar a proteção de pequenas e médias empresas:
- Investimento em tecnologia de infraestrutura: existem diversas soluções em tecnologia que contribuem para a segurança de dados para redes corporativas. Desde um firewall UTM com recursos avançados, que é uma ferramenta de proteção contra diversos tipos de ameaças externas provenientes da internet, por exemplo, até softwares de gestão e armazenamento em nuvem, criptografia de dados, antivírus, antispywares e VPNs podem colaborar para manter o sigilo das informações. Além disso, migrar de uma rede de conexão doméstica para uma infraestrutura mais profissional é outro reforço que serve como barreira de proteção.
- Treinamento e capacitação: grande parte das ameaças às empresas entram nas redes corporativas via e-mails, campanhas fakes nas redes sociais e links ou arquivos maliciosos, que são acessados por falha humana, ou seja, um colaborador que não identifica o risco. Por isso, é sempre importante lembrar que além de pensar na infraestrutura, as empresas precisam oferecer ferramentas para a conscientização constante de seus colaboradores, apresentando as melhores práticas e estabelecendo políticas de segurança da informação que sejam claras e específicas para cada um dos departamentos, além de aplicáveis para todos os profissionais da empresa.
- Gerenciamento de riscos: além de implementar soluções e ferramentas de segurança e treinar suas equipes, é essencial que uma empresa saiba quais são os riscos e vulnerabilidades às quais está suscetível. Por essa razão, é importante e necessário mapear as reais ameaças em cada um dos processos, não só do tráfego de dados, mas da operação da empresa de forma geral, estabelecendo também os níveis transversais de acesso à informação, restringindo os dados e conteúdos estratégicos às equipes que desempenham, diretamente, ações relacionadas a essas informações e processos.
Pode parecer complexo, mas encarar essas soluções de segurança como premissas a cada novo projeto pode fazer a diferença para mitigar qualquer risco. Aos poucos, as empresas que passam por esse processo de transição se adaptam às novas tecnologias e aos novos processos, fortalecendo a segurança de seus sistemas.