Quem dita as regras, sua empresa ou a tecnologia?
Empresas afirmam que uso mais eficaz da tecnologia ocorre quando os líderes empresariais a alinham com seus processos
Revolução digital, também conhecida como terceira revolução industrial, revela que as transformações acontecem nas indústrias de forma acelerada a partir da adoção de recursos digitais em seus processos, trazendo, além de um crescimento exponencial, mudanças marcantes na sociedade.
A transformação digital segue dois caminhos: “estou atrasado e preciso adotar com urgência”, ou “já adotei, mas acredito que falta algo”. Segundo previsão da Mordor Intelligence, o mercado de transformação digital deverá crescer de US$ 1.697,91 bilhões (2023) para US$ 4.462,49 bilhões até 2030.
Líderes de negócios, e em especial executivos C-level, enfrentarão em 2024 desafios eminentes a respeito da adaptação de suas estratégias para acompanhar a evolução das tecnologias. Segundo a Deloitte, em estudo recente sobre tendências globais de negócios (2023), 85% das empresas líderes estão focadas na aceleração da transformação digital.
De acordo com a Connectis, consultoria multinacional de TI com sede na Holanda e presente em mais de 180 países, o uso mais eficaz da tecnologia ocorre quando os líderes empresariais a alinham com seus processos, originando características únicas, ritmo e objetivos. “Antes de seguir uma tendência ou abordar um único problema interno, é necessário fazer uma avaliação abrangente das necessidades para encontrar soluções que possam coexistir bem no ambiente. Buscar soluções personalizadas de acordo com a especificidade de cada setor e definir KPIs para uma medição constante, garante que as soluções tecnológicas permaneçam alinhadas com os objetivos de negócios”, afirma Elisabete Mleczak, VP da Connectis para América Latina.
Empresas de diferentes segmentos e portes estão se digitalizando quando, por exemplo, usam a tecnologia e suas variáveis para conquistar mais eficiência ou aumentar a produtividade. A automação de processos conferiu mais velocidade na experiência do cliente, e a personalização anda lado a lado com os objetivos das organizações.
O crescimento com a evolução da tecnologia é eminente, por isso, refletir se a sua empresa está adotando a tecnologia no ritmo do mercado é, atualmente, a pergunta de milhões. Além do questionamento de que a empresa está aproveitando todo o potencial disponível para proporcionar a melhor experiência ao usuário e obter o máximo de retorno sobre o investimento.
Para Mleczak, investir para adaptar a empresa ao avanço tecnológico numa adoção cega, sem avaliação abrangente, principalmente durante a realização de processos de inovação tecnológica em larga escala, pode levar a consequências indesejadas, como:
• Interrupção do fluxo de trabalho devido à falta de adaptação das novas tecnologias aos modelos de trabalho existentes;
• Resistência interna na organização devido ao medo ou à preparação inadequada;
• Custos imprevisíveis, decorrentes de necessidades de infraestrutura ou treinamento não consideradas anteriormente;
• Ameaças à segurança dos dados devido a incompatibilidades entre sistemas antigos e novos;
• Não atender às expectativas de crescimento ou de melhoria de fluxo dentro do prazo esperado.
Muitas vezes, as empresas se sentem compelidas e impulsionadas pela inércia, em relação ao investimento em tecnologia. Isso pode levar a um processo no qual a transformação digital se torna um fim em si mesma: a empresa se adapta à inovação e ajusta suas metas à tecnologia. “Nunca antes foi possível alcançar tanto graças à tecnologia. No entanto, os desafios decorrentes dessas oportunidades em um contexto altamente competitivo obrigam as empresas a criar caminhos que integrem a inovação ao crescimento”, conclui a executiva.
Elisabete Mleczak, VP da Connectis para América Latina.