O SAC é pop: com equipe remota e altamente qualificada, Scooto leva qualidade e empatia para atendimento de organizações
Empresa apostou na contratação de mulheres em situação de vulnerabilidade e montou equipe que conta com neurocientista, jornalista, arquiteta e administradora de empresas
Considerado um dos mais relevantes gurus do marketing no mundo, o americano Philip Kotler ensina que conquistar um novo cliente pode custar entre cinco e sete vezes mais do que reter aquele que já está na carteira da empresa. Mesmo assim, ainda são muitas as organizações que pecam no relacionamento com parceiros e consumidores e acabam amargando prejuízos, tanto financeiros quanto de reputação. Atentos a este cenário, a arquiteta Marina Vaz e o jornalista Diego Locci criaram a Scooto, empresa de atendimento ao cliente e vendas (SDR) 100% remoto. Com um atendimento humanizado e empático, o foco é construir relações duradouras, integrando todos os canais de comunicação de quem contrata o serviço.
“Conectamos a marca com pessoas que tem a capacidade técnica e, principalmente, se identificam com o seu público-alvo para que elas respondam os clientes como o dono da empresa responderia”, explica Marina.
O nome Scooto veio de “escutar” – um dos principais propósitos da empresa. “Oferecendo um atendimento diferenciado e à distância, conseguimos provar o valor de que não é preciso manter um atendimento interno para ter qualidade e resolutividade, é preciso ter uma boa comunicação”, enfatiza Locci.
Uma das apostas da empresa para entregar um atendimento diferenciado é a equipe de scooteiras. Atualmente no Brasil, as unidades call center possuem mais de 478 mil colaboradores em várias cidades do país, gerando em média R﹩ 1.000 de renda mensal. Além de ser um trabalho pouco valorizado e com pouca flexibilidade, o atendimento tem a dificuldade de manter o mesmo nível de qualidade durante todo o processo.
A Scooto vai na contramão. A empresa busca mulheres em situação de vulnerabilidade, seja em transição de carreira, mãe-solo ou moradora da periferia, e as remunera de forma justa. O salário médio é de R﹩ 3.500, muito acima da média do mercado – e o custo de contratação fica quase 50% abaixo dos grandes players desse setor, já que a operação dispensa a infraestrutura de espaços físicos.
O modelo de contratação é remoto e modelado de acordo com a disponibilidade de cada scooteira. Assim, a equipe já conta com neurocientista, jornalistas, arquiteta e administradora de empresas.
“Com um regime de trabalho de flexibilidade para os atendentes, foco no encantamento, na construção de relações e na leitura de dados pertinentes ao negócio, transformamos o SAC num gerador de leads qualificados, diminuímos o churn e potencializamos o melhor canal de marketing: o boca-a-boca”, garante Marina. Locci completa: “Conseguimos mudar o paradigma de que atendimento ao cliente é subemprego. Nossa equipe é formada por pessoas empáticas e extremamente qualificadas para o trabalho”.
Criada em 2017, a Scooto começou atendendo startups e, atualmente, conta com mais de 15 clientes em seu portfólio, incluindo marcas como XP, Infomoney, Academia Falconi, Psicologia Viva e Hisnëk. Com atuação em todo o Brasil e em parte do Chile, a empresa tem metas bem definidas para 2020: terminar o ano com faturamento de R﹩ 2 milhões e aumentar o time para 50 colaboradores.
“Queremos fechar novos clientes para poder contratar cada vez mais mulheres e, assim, começar a mudar a realidade do nosso país”, finaliza Marina.