“O Dia do Consumidor não é só uma data de ofertas”, diz Leonardo Araujo, do Gad
Para head de experiência da consultoria de marca Gad, empresas devem aproveitar a data para oferecer experiências de qualidade e cultivar conexões duradouras
Comemorado em 15 de março, o Dia Mundial do Consumidor está se tornando cada vez mais relevante para o varejo brasileiro, com o objetivo de esquentar as vendas em um período considerado morno para o comércio, entre o Carnaval e o Dia das Mães.
Segundo o Google Trends, que acompanha a popularidade de certas palavras buscadas na ferramenta, o interesse pela data aumentou 96% em 2024 na comparação com 2021. Em 2023, a data movimentou R$ 11,7 milhões na internet, um crescimento de 19% sobre o ano anterior, de acordo com pesquisa da plataforma de e-commerce Nuvemshop.
Apesar de grandes varejistas e e-commerces, como o Magazine Luiza, Mercado Livre, Shopee e Amazon, usarem o Dia do Consumidor (ou a Semana) como uma data de vendas, sendo considerado por alguns até como a “Black Friday” do primeiro semestre, as empresas não devem ter o foco apenas em oferecer descontos e promoções para atrair clientes e movimentar o comércio.
É importante aproveitar a efeméride para impulsionar os negócios, oferecer experiências de qualidade e cultivar conexões duradouras, pontua o head de experiência da consultoria de marca Gad, Leonardo Koboldt Araujo.
“O Dia do Consumidor não é uma só uma data de ofertas. É o momento de reforçar os direitos do cliente, e dos varejistas saberem ouvir, de serem mais criativos e atenderem com excelência. O foco deve ser nos direitos à segurança, à informação e à ouvidoria”, comenta o especialista, lembrando que a data surgiu a partir de um discurso do presidente norte-americano John F. Kennedy no Congresso dos Estados Unidos, em 1962.
O head de experiência ainda reforça que o desafio para os varejistas, de oferecer boas experiências, é ainda maior com o super empoderamento dos consumidores, graças aos meios digitais.
“Os clientes podem exercer, mais do que nunca, seus direitos utilizando a internet como ferramenta. Podem investigar, de forma rápida, preços, ofertas e condições, via digital, e isso vai se refletir nas suas escolhas. Para as marcas fica a questão de como serem criativas no sentido de dar para o consumidor a sensação e a certeza de que ele está sendo ouvido, de que ele vai ser entendido e que as soluções que ele tanto procura, ele vai encontrar”, analisa.
E complementa: o Dia do Consumidor deve ser uma reflexão de mão dupla. “Para os consumidores, a data reforça seus direitos, sua necessidade de transparência, de segurança e de informação, clara e direta. Do outro lado, para o varejista, destaca a importância de ele saber ouvir, entender e se conectar com seu cliente”.