Como pequenas e médias empresas podem bater de frente com as grandes
Hoje o processo de fusão e aquisição é frequente e as grandes estão de olho nas pequenas e médias empresas
Fazer a sua pequena ou média empresa crescer pode parecer uma missão quase impossível com a esmagadora presença da concorrência de grandes corporações no mercado. Mas um olhar cuidadoso sobre o mercado revela que as grandes são mais “conhecidas ou notórias” mas não são maioria: a última pesquisa do IBGE mostrou que as pequenas e médias empresas representam hoje 99% das corporações brasileiras. Por consequência, portanto, grandes empresas fazem parte de apenas 1% de todos os negócios formalizados no país.
João Roncati (foto), diretor geral da People+Strategy, explica que é perceptível um aumento do número de empreendedores: “As tendências mercadológicas abrem, cada vez mais, espaço para novos negócios. E, com apoio de tecnologia, inovação e agilidade, os pequenos podem sim bater de frente com grandes se souberem usar corretamente suas características como vantagem competitiva”.
Na maioria das vezes, uma empresa de pequeno porte é menos complexa de administrar, afinal, é possível acompanhar tudo de perto. Com uma estrutura mais enxuta, a PME que reconhece gargalos e oportunidades pode mudar sua configuração de maneira mais fácil para atender às novas demandas e tendências em seu mercado e principalmente de seus clientes.
Além disso, o relacionamento com funcionários, fornecedores e clientes também é simplificado. Ou seja, a grande vantagem está na adaptabilidade deste tipo de organização, o que acaba sendo uma característica muito importante nos atuais dias onde o mercado está volátil, grande concorrência e incerteza econômica. É uma facilidade com a qual os negócios de maior porte não contam.
Mais do que isso, Roncati ressalta que, percebendo esse movimento, grandes corporações estão de olho em adquirir empresas menores para trazer maior capacidade empreendedora, maior capacidade inovativa e ganhar espaço de “nichos” do mercado. Multinacionais, por exemplo, já adquiriram marcas nacionais de menor porte, criadas especialmente para atender às novas necessidades identificadas nos clientes. E, não necessariamente as integram à sua macro estrutura.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o mercado de fusões e aquisições registrou um aumento de 54% somente no 1º semestre de 2018 e deve crescer mais 15% neste mesmo período em 2019. Nunca na história empresas compraram tanto umas às outras quanto agora.
Em todo caso, para sobreviver em um ambiente competitivo, é essencial para todas organizações, aprimorar os métodos de gestão. Pequenas e médias empresas podem encontrar no investimento em tecnologia e na aposta em inovação, a possibilidade de se desenvolverem e serem fortes concorrentes.
“Os empresários que entenderem isso, não terão dificuldades em agregar o valor necessário para que suas PMEs tenham competitividade com grandes negócios e, quem sabe, passem até a fazer parte deles”, finaliza o diretor da People+Strategy.
Colaboração Eliane Tanaka, Conecte Comunicação