Evolução da internet: rede criada em 1969 é hoje a maior forma de conexão em meio à pandemia
Especialista dá dicas de como ter segurança com o aumento da demanda na rede
O cenário de pandemia global com o novo coronavírus está revolucionando a política, a economia, as formas de trabalho e também a comunicação. De acordo com o IBGE, a internet chegou a mais quatro milhões de residências no Brasil entre 2017 e 2018, mostrando que já fazia parte da vida de muitas pessoas. Agora, com o novo cenário, o online tornou-se a principal forma de estar presente, fazer compras, trabalhar e estudar.
Muito antes dos computadores serem inventados, os cientistas já imaginavam uma forma de garantir a comunicação instantânea entre pessoas distantes. Quando o mundo vivia o auge da Guerra Fria, a internet foi criada nos EUA e tinha como função interligar laboratórios de pesquisa e garantir a comunicação entre militares e cientistas, mesmo em caso de bombardeio.
Uma vez atingido este objetivo, a internet foi entregue à comunidade acadêmica e em 1985, já estava estabelecida como uma tecnologia de comunicação entre pesquisadores e desenvolvedores. Nos anos 90, ela sairia aos poucos das universidades e começaria a ser adotada pelo mundo corporativo e por último pelo público consumidor.
No Brasil, 127 milhões de pessoas estão conectadas à internet, o que representa crescimento de 37% nos últimos 5 anos, segundo a pesquisa TIC Domicílios, do IBGE.
Para Paulo Gontijo, professor especialista em segurança da informação do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação (IGTI), com o crescimento da internet e o acesso promovido pelo trabalho remoto, é preciso ficar atento cada vez mais à segurança.
“O aumento massivo de usuários exige cuidados mais específicos com a rede. Muitas vezes as redes domésticas podem não ser adequadas para as demandas de agora. Além disso, houve uma mudança no comportamento das pessoas, compras e outras tarefas estão sendo realizadas prioritariamente pela web, então a atenção e o cuidado com a idoneidade dos sites têm que ser redobrados.” afirma Paulo.
O professor destaca que infelizmente pessoas mal intencionadas aproveitam-se de momentos como esse, por isso é preciso estar atento às crianças e idosos que utilizam a rede e também porque cada vez mais os tipos de ameaças e golpes são mais diversificados e criativos.
“As crianças têm a possibilidade de passar mais tempo na rede, por exemplo, pois muitas escolas estão realizando as aulas por programas que utilizam a internet. Para evitar problemas vale, por exemplo, restringir o acesso aos demais sites. O mesmo vale para os adultos, principalmente idosos, que devem redobrar a atenção ao fazer transações bancárias, por exemplo, e checar a veracidade das informações recebidas via aplicativos de mensagens.” finaliza o professor.