Uso de design thinking facilita entrada na indústria 4.0
A partir do redesenho da lógica de negócios, o Design Thinking é
uma importante ferramenta para adaptar as organizações
à transformação digital
As três primeiras revoluções industriais resultaram na automatização da manufatura, aumentando a competitividade e inserindo a tecnologia no centro do desenvolvimento econômico. A quarta revolução se caracteriza por tecnologias integradas que permitem a fusão dos mundos físico, digital e biológico. Entre as principais, estão a Manufatura Aditiva, a IA, a IoT, a Biologia Sintética e os Sistemas Ciber Físicos (CPS).
Com a indústria 4.0, os processos de produção tendem a se tornar cada vez mais autônomos e personalizados. Com maior eficiência, os produtos causarão impacto em todos os setores da sociedade. Entre eles, estão a redução de custos, o controle sobre o processo produtivo, o aumento da competitividade e a customização.
De acordo com estudo realizado pela DocuSign, no Brasil, 97% dos profissionais esperam que suas empresas passem a oferecer métodos totalmente digitais. Para 51% dos entrevistados, empresas que não digitalizam processos são vistas como ultrapassadas e 83% priorizam parceiros e clientes que automatizaram seus negócios.
As tecnologias já estão alterando o cenário produtivo de todo o mundo. Na Alemanha, por exemplo, determinadas decisões estão sendo tomadas por máquinas, a partir da coleta de dados reais da corporação. A digitalização também resolve um dos maiores desafios das fábricas: aumentar a produtividade sem alterar custos, sejam processuais ou gastos com testes.
Um dos maiores desafios atuais é a exigência de resultados imediatos por meio de caminhos seguros. Para isso, o Design Thinking pode ser um grande aliado para empresas que desejam passar por transformações digitais. O conceito propõe a solução de problemas de forma colaborativa, ou seja, com pessoas no centro das decisões e troca de experiências, para que se encontrem resultados eficientes, criativos e inovadores que supram as necessidades de mercado.
Por meio de etapas adaptáveis à realidade da organização, o Design Thinking permite o planejamento do produto, processo ou serviço que se pretende criar ou modificar.
Empresas como o Garage Criativa, um laboratório de inovação que ajuda instituições de diferentes segmentos em suas jornadas de transformação digital, já implementaram essa abordagem em empresas de diversos portes, obtendo sucesso em suas iniciativas.
De acordo com Marco Antônio, cofundador do Garage Criativa, “A transformação digital exige o redesenho da lógica das organizações, que devem passar a compreender a melhor forma de suprir as necessidades de seus clientes. Para isso, é necessário realizar um trabalho focado na cultura, em que os profissionais também deverão passar por mudanças comportamentais. O Design Thinking carrega pilares importantes para que isso aconteça, como a empatia, a colaboração, a experimentação e o comprometimento de toda uma equipe.”