Pesquisa da OTRS mostra que a crise do coronavírus desencadeou uma tendência de home office
Mais de 60% apoia o direito de trabalhar em home office
Muitos funcionários, que trabalham normalmente em escritórios, descobriram as vantagens do home office durante a crise. Realizada pelo OTRS Group, a pesquisa englobou profissionais da Alemanha, Brasil, Cingapura, EUA, e México e revelou que a grande maioria dos entrevistados (80%) gosta de trabalhar em casa. Apesar disso, 68% disseram que trabalhar em casa era uma situação desconhecida para eles.
Economizar em viagens cria tempo livre
A razão mais citada para preferir o home office é salvar o tempo gasto com translado para ter mais tempo com lazer, 20% no geral e 27% no Brasil. A segunda razão mais citada é a proximidade da família durante o trabalho, 19% no geral e 27% no Brasil.
No geral, os entrevistados que se sentem desconfortáveis trabalhando em casa citaram várias razões para isso: 12% simplesmente preferem ver seus colegas pessoalmente; 11% acham difícil ver em que seus colegas estão trabalhando em home office; 9% perdem os meios apropriados de comunicação e 7% afirmam que sua tecnologia não funciona corretamente. Mas, ao analisar as respostas dos entrevistados brasileiros os números são diferentes: 24% afirmam não ter as ferramentas de comunicação corretas, 21% indicaram problemas com a tecnologia e 16% sentem dificuldade em acompanhar suas próprias tarefas.
Quando perguntados sobre os riscos quando se trabalha em casa 23% indicaram perder as reuniões presenciais e 22% apontaram que trabalham mais horas. No Brasil alguns números ficam diferentes: 31% responderam trabalhar ainda mais horas, 23% indicaram não haver risco e 16% reclamaram que a falta de alteração de local torna o dia chato.
A maioria acredita em uma tendência clara para mais digitalização e mais home office
Parece que a maioria dos funcionários não apenas gosta de trabalhar em home office, mas também está convencida de que isso continuará sendo possível no futuro. A grande maioria dos entrevistados (83%) acredita que a crise do coronavírus abriu uma nova tendência corporativa em direção a mais digitalização e trabalho no escritório doméstico. Uma clara maioria (61%) também é a favor de uma lei que estabeleça o direito ao trabalho em home office, como está sendo discutido atualmente na Alemanha.
De acordo com 90%, os entrevistados acreditam que as empresas se beneficiarão com a mudança do trabalho para home office, forçada pela pandemia. As empresas não apenas poderiam economizar muito dinheiro com o espaço do escritório e viagens de negócios, como 38% afirmam, mas também se beneficiam de funcionários mais satisfeitos e relaxados (29%). O principal risco no escritório em casa é visto como uma possível perda do espírito de equipe (35%).
“A pesquisa ilustra a necessidade urgente dos funcionários de trabalhar em home office a longo prazo. Esse resultado é independente da cultura e da indústria”, diz Sabine Riedel, membro do conselho do OTRS Group e especialista em transformação digital. “Se o direito ao home office não é ancorado por lei, como empresa, podemos impulsionar o desenvolvimento acelerando a transformação digital e fornecendo aos funcionários ferramentas eficientes que são intuitivas, economizam trabalho tedioso e permitem um intercâmbio natural entre colegas”.
A pesquisa foi realizada online, em maio de 2020, com a Pollfish. Participaram 500 profissionais das áreas de atendimento ao cliente, TI, administração, RH e marketing, da Alemanha, Brasil, Cingapura EUA e México (100 respondentes por país). No Brasil os participantes foram 43% mulheres e 57% homens, 43% entre 25 e 34 anos, 35% entre 35 e 44 anos e 15% entre 45 e 54 anos.