IA generativa no varejo brasileiro: especialista comenta estudos recentes e aponta próximos passos para o setor
CEO da ShopNext.AI e expert em tecnologia, Pedro Duarte analisa impacto da IA no setor e dá dicas para empresas maximizarem resultados
A inteligência artificial generativa deixou de ser tendência para se tornar parte ativa da estratégia de negócios do varejo brasileiro. Segundo estudo recente da Accenture, a adoção da tecnologia pode elevar a produtividade entre 11% e 17% em diversos setores da economia, acelerando a análise de dados, melhorando a tomada de decisão e reduzindo custos.
Para Pedro Duarte, CEO da ShopNext.AI, o movimento observado entre grandes empresas como Casas Bahia, Assaí, Grupo Pão de Açúcar e Renner é apenas o começo. “Estamos vivendo um ponto de virada no varejo. A IA generativa não é mais um diferencial competitivo — é um pré-requisito para manter relevância e crescer em um mercado que muda diariamente. Mas é preciso implementar com estratégia, conectando dados, experiência do consumidor e cultura organizacional”, afirma.
De acordo com Duarte, três frentes devem guiar as empresas que querem extrair valor real da IA generativa:
- Mapear os pontos críticos da operação — identificar gargalos onde a IA pode trazer ganhos rápidos e mensuráveis.
- Capacitar equipes e integrar tecnologia ao dia a dia — não basta investir em software, é necessário treinar pessoas para usarem e interpretarem as soluções.
- Conectar dados e personalizar a experiência — a IA generativa é mais eficaz quando alimentada por informações ricas e organizadas, capazes de criar interações sob medida com o cliente.
O executivo também aponta que a adoção de IA generativa deve ser acompanhada de indicadores claros de desempenho (KPIs) e de uma visão de longo prazo: “O impacto mais transformador da IA no varejo não está apenas na automação, mas na capacidade de prever comportamentos, criar experiências mais relevantes e abrir novas fontes de receita”.
Um levantamento da McKinsey também reforça essa tendência: empresas que adotam IA de forma estratégica podem dobrar o ritmo de crescimento e até triplicar margens operacionais em poucos anos. “O mercado brasileiro tem potencial para estar entre os líderes globais no uso de IA generativa, mas para isso precisa investir agora em dados, pessoas e processos”, conclui Duarte.
Texto original: Fair Play Comunicação