IA e chatbots: mercado de US﹩ 17 bilhões segue em ritmo de crescimento acelerado
Especialista comenta crescimento e fala sobre tendências do mercado
O mercado dos bots e das inteligências artificiais que se adaptam em tempo real ao usuário não para de crescer e de trazer resultados benéficos a quem o adota. Nos últimos meses, marcados pela pandemia e o isolamento social, diversas atividades foram obrigadas a se reinventar em um formato digital e, em muitos casos, o investimento em robôs foi o caminho escolhido, e parece ter sido certeiro.
Dados da pesquisa Global AI-Based Chatbot Market mostram que o mercado dos bots foi avaliado em 17 bilhões de dólares (mais de 91 bilhões de reais) em 2020, e dentro dos próximos cinco anos deve atingir o valor de mercado de 102 bilhões de dólares (mais de 400 bilhões de reais). Apenas no Brasil, o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots de 2020 apontou um aumento de 68% na quantidade de bots no nosso país.
“Não estamos falando de uma tecnologia para o futuro, e sim uma que já está presente na nossa vida; estamos olhando para uma nova norma de mercado”, analisa Rodrigo Scotti, CEO da Nama, startup focada no desenvolvimento de chatbots e IAs conversacionais. A CX Trends apontou que 35% das PMEs brasileiras pretendem investir em chatbots em 2021.
. Confira algumas das principais tendências para IA e chatbots:
Diálogo
Uma das mais interessantes perspectivas e evoluções no mercado dos bots está na sua capacidade de se adaptar a diferentes situações de diálogo. Recentemente, o Google mostrou ao mundo o LamDA, inteligência artificial especializada em conversação, criada para se adaptar aos infinitos caminhos que um diálogo pode ter. “Em apenas alguns segundos, um papo sobre o país onde uma série que estou assistindo foi gravada pode ir à culinária daquela região, então conseguir se antecipar a essas ‘imprevisibilidades’ da fala humana é um diferencial”, comenta Scotti.
Saúde
Uma área que viu um importante auxílio das tecnologias de bots e Inteligência Artificial foi a Telemedicina, ainda mais tendo em vista a situação pandêmica. “Posso estar me sentindo mal durante a noite, mas com medo de ir a um pronto-socorro. Um bot de algum hospital pode me orientar sobre meus sintomas e quais passos devo tomar a seguir”, exemplifica Scotti. Além disso, a Alexa, IA da Amazon, já se demonstrou capaz de listar os sintomas do coronavírus.
Corte de gastos
Estimativas apontam que um projeto bem planejado de bots pode economizar até 40% em gastos no atendimento ao consumidor. O investimento em um bot com capacidade de aprendizado para o seu SAC, por exemplo, dispensa todos os gastos na contratação e treinamento de uma equipe. Uma pesquisa da Juniper Research mostrou que os robôs devem reduzir os custos operacionais dos serviços financeiros em 7 bilhões de dólares até 2023.
Velocidade no atendimento
“Da mesma forma como funciona com muitas coisas na nossa vida hoje, como o entretenimento ou a música, o atendimento precisa ser na hora que eu quero e o mais rápido possível”, diz Scotti, para comentar o diferencial que os bots oferecem no atendimento ao consumidor. De acordo com a plataforma de software on demand Salesforce, 69% do público consumidor online prefere falar com um chatbot em seu acesso, justamente pela maior rapidez e possibilidade de soluções a qualquer hora do dia.