Empresas investem em biometria para combater o deepfake
A solução utiliza técnicas de machine learning e inteligência artificial para aprimorar a precisão das detecções de fraudes
Segundo dados da Kaspersky, o número de vídeos utilizando deepfake on-line teve um aumento de 900% em um ano. Apesar de divertido e capaz de aumentar as possibilidades de criação de conteúdos, essa tecnologia também tem o potencial de causar danos significativos, desde desinformação até ataques à reputação. Entre empresas ou até mesmo no dia a dia de pessoas físicas, o uso dos deepfakes para fraudes também é algo que preocupa.
Para Marcelo Peixoto, CEO da Minds Digital, voice ID tech pioneira em biometria de voz no Brasil, essa tecnologia se apresenta como uma solução promissora para combater as fraudes baseadas em deepfakes nas empresas. “Os sistemas de biometria de voz utilizam técnicas de aprendizado de máquina e inteligência artificial para aprimorar a precisão da detecção. Esses algoritmos podem aprender com uma ampla gama de amostras de voz autêntica e falsa, aprimorando sua capacidade de distinguir entre as duas, ou seja, quanto mais é usada, mais aperfeiçoada essa tecnologia fica”, afirma o executivo.
As empresas estão investindo em biometria de voz por ser uma abordagem que se baseia nas características únicas da voz de cada indivíduo para autenticação e identificação. Entre os elementos que são analisados estão a frequência, o tom, o ritmo e a entonação, construindo um perfil vocal exclusivo. Essas características biométricas são difíceis de serem replicadas por deepfakes de voz e, com o apoio de técnicas anti-spoofing, a tecnologia também consegue identificar quando se trata de uma voz artificial.