De volta à rotina: o que é preciso saber para um bom retorno às viagens a trabalho
Barreiras sanitárias estão mais flexíveis e caminhamos para volta ao normal
A volta ao trabalho presencial pós-pandemia já é realidade para muitas empresas. A flexibilização das restrições e o avanço da vacinação fizeram com que as organizações retomassem o funcionamento de escritórios, reuniões e visitas a clientes. E, ainda que muitas dessas atividades tenham sido substituídas ou complementadas pelos meios remotos, como as teleconferências, algumas ainda não o são, caso das viagens para negócios. Mas quais são os cuidados que os profissionais que voltarão às viagens devem ter ao encarar essa nova realidade?
Em um primeiro momento, deve-se estar atento se o seu destino exige passaporte de vacinação, ou seja, comprovação de que foi vacinado e quais vacinas tomou. Alguns países exigem o passaporte, tais como Itália, Portugal, França, Israel, Japão e Dinamarca. É possível que algumas vacinas não sejam aceitas em alguns lugares. Segundo a revista “The Economist”, as mais aceitas são AstraZeneca e Pfizer-BioNtech; portanto, é importante se antecipar quanto a isso. O Reino Unido aceita vacinados por todos os imunizantes, mas tem restrições com a CoronaVac. Os Estados Unidos aceitarão qualquer imunizante desde que aplicadas as duas doses ou a dose única. Quanto às viagens nacionais e locais, todas as vacinas aplicadas em território nacional são aceitas, cabendo apenas comprovar a imunização.
Outra dica é conhecer seus direitos e deveres. Saber que as viagens a trabalho geram despesas que em um primeiro momento podem ficar a custo do empregado, como as diárias de hotel, é um bom primeiro passo para se programar. Tais despesas devem ser ressarcidas pela empresa logo após o retorno do trabalhador. Esse cenário acontece geralmente com viagens esporádicas. Nos casos de viagens mais frequentes, o pagamento já é geralmente adiantado pela própria empresa. O mesmo se dá com gastos com alimentação e deslocamento, por exemplo. Demais gastos tidos como pessoais, tais como compras e passeios a lazer, não serão reembolsados. A legislação prevê encargos a depender do aporte do reembolso, podendo então haver desconto no pagamento do trabalhador. Para viagens internacionais, é importante acompanhar a taxa de câmbio da moeda a ser comprada para saber o momento ideal para trocar seu dinheiro.
No entanto, é um fato que as empresas adaptaram-se bem ao home office. Mas isso não parece afetar as projeções para o turismo – pelo contrário. Uma pesquisa realizada em conjunto entre pneumologistas, infectologistas e representantes do setor hoteleiro, em agosto de 2021, mostrou que mais de 80% das pessoas já se sentem seguras em viajar a trabalho. A plataforma Airbnb, inclusive, tem incentivado seus anfitriões a adaptarem locais de trabalho nas locações, com espaços de escritório e cadeiras ergonômicas, entre outras modificações, para se adequarem a uma demanda do chamado “nomadismo digital”. Hotéis têm seguido a tendência e instalado espaços de coworking para reuniões em seus espaços.
Se preparar para encarar a volta à rotina não é tarefa fácil, ainda mais com tantas novas normas a cumprir. Não descuidar do uso de máscaras, observar o cumprimento das regras sanitárias aonde quer que esteja e se assegurar de levar dinheiro a mais para qualquer eventualidade devem estar entre as regras para a nova rotina que estamos vivenciando. Agora é só arrumar as malas e boa viagem!