De humanização de IA a mais cibersegurança, Globant destaca tendências tecnológicas para 2021
Relatório Tech Trends indica caminhos para o crescimento e transformação digital de grandes companhias, com foco nas experiências do consumidor
Na última edição do report Tech Trends desenvolvido pela Globant, a empresa, unicórnio e uma das maiores em tecnologia na América Latina, antecipa tendências de tecnologia que farão diferença no crescimento de companhias. Na edição de 2021, são quatro pontos principais: humanização de experiências com inteligência artificial, novas oportunidades a partir de realidade estendida, cultura guiada por dados e reforço na cibersegurança.
Todas as tendências apontadas convergem em um ponto, que é a oferta de uma experiência excepcional ao cliente. Segundo análise da Globant, a partir das ferramentas tecnológicas e oferecendo uma jornada memorável e mais engajadora, o consumidor tende a sentir mais afinidade pela marca, o que, consequentemente, o faz compartilhar mais informações de forma voluntária. Esses dados, segundo a companhia, são ativos valiosos tanto na criação de experiências mais sofisticadas quanto para a tomada de decisões estratégicas.
A partir da implementação dessas tendências e do uso de dados, o estudo aponta que os negócios devem entrar em um círculo virtuoso, que promove um autodesenvolvimento. Ele consiste em três etapas:
• Privacidade e Segurança: com a coleta de dados e alta de cibercrimes, as empresas precisarão estar equipadas com uma arquitetura back-end unificada a fim de proteger as informações coletadas;
• Experiência do Consumidor: uso de tecnologia para criar jornadas mais significativas e engajadoras;
• Coleta de Dados: a partir do atendimento das demandas do consumidor, sua disposição em compartilhar de forma voluntária seus dados (que precisarão de proteção).
Tendências para 2021
Humanização da Inteligência Artificial
Empresas líderes de mercado e à frente na digitalização de seus negócios estão deixando as formas mais básicas de IA para trás. Isso porque, normalmente por conta de mal uso ou falta de qualidade da tecnologia, existe impacto na interação com o consumidor — chatbots ineficientes, por exemplo. Segundo a Gallup, 59% dos consumidores disseram sentir que as companhias perderam o tato com o elemento humano no atendimento. Aí entra a humanização da IA, gerando conexão com o público e mantendo a eficiência da tecnologia, o que, no fim do dia, com o cliente engajado, pode gerar aumento de 23% na receita das companhias.
Novas Oportunidades a partir de Realidade Estendida
Envolvendo tanto realidade virtual (VR) quanto realidade aumentada (AR), a extensão de realidade é uma ferramenta que tem alto potencial para criação de experiências mais imersivas e envolventes. A primeira, por conta do custo elevado, segue com menos adesão, mas a realidade aumentada, por meio de filtros ou funcionalidades em jogos, por exemplo, tem amplo engajamento. Em estudo da Forrester , é apontado que, dadas as limitações impostas pela pandemia, o público está mais aberto a novas experiências que sejam estimulantes e inovadoras. Exemplo disso é a empresa Shopify , que aplicou AR no e-commerce, dando aos clientes a sensação de estar nas lojas, convertendo 94% mais.
Cultura Guiada por Dados
O uso de dados para gerar insights e decisão de negócios, que já acontece, deve aumentar. Isso porque, em 2021, deve haver crescimento no uso destas informações para tornar as empresas mais ágeis, adaptáveis e melhores na oferta de experiências. Com o aumento no uso de coleta de dados – que serão usados para alimentar/ensinar soluções de machine learning, por exemplo – mais serviços ou apps poderão ser customizados de forma automática para os usuários, que, antes, receberiam um tratamento padronizado. É o caso, por exemplo, da Amazon, que tem 35% de suas vendas de e-commerce como fruto de recomendações feitas com base em histórico de navegação. Tendências de utilização dos dados passam também por tecnologias como National Language Processing (NLP), extensão do machine learning, e gêmeos digitais, um padrão de design de software capaz de entender o estado do ativo, responder às mudanças, melhorar as operações e agregar valor aos negócios.
Priorização de cibersegurança
Uma tendência natural, dado o aumento de conectividade e compartilhamento de dados, foi acelerada por conta da pandemia, que alterou o modo de fazer negócios de uma série de empresas, que passaram a depender do home office, por exemplo. Neste período, houve crescimento de mais de 300% de cibercrimes no Brasil, segundo levantamento da Kaspersky. Diante deste cenário, a Globant apresenta três pilares-chave que as empresas devem considerar: incluir segurança no ciclo de desenvolvimento, envolver líderes de segurança nos processos de transformação digital e desenvolver tempo de detecção e resposta a ameaças, usando machine learning e inteligência artifical.