Technology Vision 2020: Mensagens após Covid-19
A pandemia do Coronavírus despertou a necessidade de as empresas reavaliarem seus planos, projeções e estudos. Por isso, a Accenture revisitou a versão deste ano do Technology Vision Trends – estudo divulgado anualmente que traz tendências tecnológicas – para atualizar o cenário diante da nova realidade imposta.
Sua versão revisada mostra que, embora tenha transformado a vida das pessoas e impactado as indústrias, a pandemia não está desacelerando a inovação, mas, pelo contrário, está provocando sua ampliação em níveis históricos. Os robôs estão agora desinfetando cidades, cozinhando em hospitais e realizando entregas. Dispositivos inteligentes monitoram a saúde dos pacientes e coletam dados vitais. A sinergia entre humanos e a Inteligência Artificial está sendo extremamente útil para os cientistas que estudam o vírus.
Com essa aceleração, no entanto, é fundamental que as empresas façam planos também para o longo prazo. Por isso, a COVID-19 aumentou ainda mais a relevância do estudo Technology Vision 2020, já que as oportunidades que pareciam tão distantes estão se aproximando rapidamente, deixando as fragilidades das empresas ainda mais evidentes.
Veja abaixo um resumo das tendências atualizadas:
• O “eu” na experiência (The I in Experience, no original) – Esta tendência deve se manter no mundo pós-pandemia, com uma ressalva: a Covid-19 mudou o papel e aumentou a importância das experiências digitais nas vidas das pessoas. Em abril, por exemplo, a Visa relatou 18% de aumento de gastos em comércio eletrônico nos EUA, e 13 milhões de titulares de cartões Visa na América Latina realizaram suas primeiras transações eletrônicas no primeiro trimestre do ano.
• A inteligência artificial e eu (AI and Me, no original) – A Inteligência Artificia l será ainda mais importante para as empresas: pense nos sistemas de IA por trás dos chatbots que ajudam os profissionais de saúde a triar e examinar pacientes ou em como esses sistemas possibilitam a rápida reconfiguração de cadeias de suprimentos impactadas pela Covid-19.
• O dilema das coisas inteligentes (The Dilemma of Smart Things, no original) – Em o dilema das coisas inteligentes , falamos sobre a natureza mutável do conceito de propriedade. À medida que as empresas retêm cada vez mais a propriedade e o controle sobre os dispositivos, mesmo depois de serem adquiridos pelos clientes, muitas pessoas começam a sentir o que chamamos de “carga beta” ou frustração com as constantes mudanças nos produtos que consideram de sua propriedade. Com a Covid-19, aumenta a nossa necessidade por produtos inteligentes e atualizáveis, com grande potencial na área de saúde pública. Mas a carga beta pode complicar as coisas ao longo do caminho.
• Robôs à solta (Robots in the Wild, no original) – Em Robôs à solta , analisamos como os robôs estão prontos para ir além de ambientes controlados e contidos, como galpões e fábricas, e chegar a espaços públicos abertos. Agora, com a maioria das pessoas em casa e com as medidas de distanciamento social, robôs se movem de forma mais rápida. Eles acabam tendo um papel crítico nas soluções “sem contato” e para os governos.
• DNA da inovação (Innovation DNA, no original) – A tendência DNA da inovação analisa a fusão de três áreas de inovação: tecnologias digitais maduras, avanços científicos e tecnologias emergentes da DARQ (registros distribuídos, inteligência artificial, realidade estendida e computação quântica). Combinações únicas dessas áreas constituem diferenciais para as empresas – e deve seguir assim. A premissa dessa tendência ainda é verdadeira, mas a pandemia alterou o equilíbrio, acelerando a adoção das tecnologias DARQ para além das expectativas anteriores.
Confira o estudo na íntegra no link TechVision COVID-19.pdf