Três tecnologias que não podem faltar na Black Friday
Para aproveitar as oportunidades, é fundamental que as lojas virtuais desenhem um planejamento logístico com antecedência, sob pena de se perderem em tradicionais gargalos
A semana mais movimentada do ano do e-commerce é também a mais desafiadora para o setor: como em 2020 tivemos a Black Friday mais digital da história – com um faturamento de R﹩ 3,1 bilhões, segundo levantamento da Neotrust/Compre&Confie – a expectativa é que os números sejam ainda mais expressivos em 2021. As projeções de vendas levam em conta o comportamento do consumidor e o seu poder de compra, além do fato de que no ano passado o varejo físico declinou, cedendo lugar ao meio online.
Faltando poucos meses para a Black Friday 2021 (marcada para 26 de novembro), tanto varejo quanto consumidores já começam a se preparar para uma data ainda mais cheia de promoções e movimentações. E para aproveitar as oportunidades, é fundamental que as lojas virtuais desenhem um planejamento logístico com antecedência, sob pena de se perderem em tradicionais gargalos já conhecidos pelo setor em datas comerciais importantes.
“Muitas vezes, o consumidor que compra na Black Friday acaba esperando mais tempo pelo produto por causa de problemas de entrega e estoque”, afirma Eneas Zamboni, CEO da UX. Group, logtech especializada em gestão inteligente de logística e transportes. Segundo o executivo, a Black Friday das empresas começa muito antes da data marcada. “É preciso implementar tecnologias antes para colher os frutos no tempo certo”, explica Zamboni.
Confira três dicas do especialista em e-commerce, para fazer bonito na Black Friday:
1 – Disponha de inteligência para a gestão de fretes
Um dos principais fatores de impacto na decisão de compra do consumidor online é o valor do frete. Por isso, ter uma tecnologia que realize sua gestão com inteligência e de forma integral é muito importante para gerar crescimento na taxa de conversão do e-commerce.
“Planejar o frete engloba todas as etapas da cadeia de e-commerce, desde o planejamento da malha até o pagamento do frete em si. Esta ação impacta diretamente nos resultados do negócio por gerar eficiência logística e excelência no atendimento”, explica Zamboni.
Hoje, no mercado, há soluções que cuidam automaticamente do planejamento da malha, do cálculo do frete, do despacho, do rastreamento, da conciliação do frete e do reembolso de pagamento das transportadoras, conectando todos estes elos em tempo real. “São inovações essenciais para oferecer a melhor experiência ao consumidor, que está cada vez mais exigente”.
2 – Faça a gestão do First, Middle e Last-Mile
O grande diferencial competitivo do e-commerce está em oferecer um serviço de entregas rápido e eficiente, disponibilizando informações sobre seu andamento de forma clara tanto para o seller quanto para as transportadoras e clientes.
Para isso, é fundamental contar com uma tecnologia que realize a gestão das etapas de entrega de mercadorias, chamadas de First, Middle e Last-Mile. O First-Mile (primeira milha) é a primeira etapa do processo, em que é feita a transferência da mercadoria do fabricante para os centros de distribuição. Já o Middle-Mile refere-se à milha intermediária, em que são feitos os transportes de mercadorias entre os portos ou aeroportos para os armazéns.
Já o Last-Mile é a fase em que a mercadoria sai do centro de distribuição para o destino final, considerada a etapa mais crítica do processo. “É no Last-Mile que o lojista poderá mostrar a qualidade do serviço e como valoriza uma entrega bem feita e dentro do prazo”, afirma Zamboni. Para ele, esta etapa é decisiva para a experiência do cliente porque é quando ele avaliará o tempo da entrega e as condições da encomenda no momento em que ela chegou. Dependendo do resultado, isso pode aumentar os índices de recorrência de compra e fidelização. Ou não. “Um sistema eficiente de gestão pode ajudar a controlar esse fluxo”.
3 – Controle fluxo de entregas e devoluções
A devolução de mercadorias é um tema bastante crítico para as empresas e na Black Friday ela se torna ainda mais delicada. “Isso porque, normalmente, sua solução requer a interação entre vários setores da empresa, e a área de logística é fundamental neste processo”, esclarece o CEO da UX. Por isso, ele recomenda que as lojas contem com uma ferramenta que possibilite a visibilidade completa do fluxo de entregas e devoluções e, se possível, com indicativos que agilizem a tomada de decisão e permitam a interação com parceiros e clientes de maneira mais produtiva.