3 lacunas que facilitam fraudes no e-commerce
. Robôs e consumidor laranja: como os fraudadores podem se aproveitar do ‘compre online, retire na loja’
. Além de tecnologia para gerar centenas de tentativas de compras automatizadas, fraudadores também se valem de dados de consumidores reais e de transações que não exigem endereço
As fraudes no e-commerce evoluem constantemente e os golpistas sempre encontram formas de tirar vantagens. A Signifyd – empresa global de combate a fraudes no e-commerce – observou aumento de novas técnicas de fraude online que se beneficiam de brechas em sistemas legados ou softwares sem atualização para análises de dados e contenção desses comportamentos. Com uso de robôs para automatizar tentativas de compras e uso de dados de consumidores reais, os fraudadores têm se aproveitado da modalidade “compre online e retire na loja”, para diversificar seu modo de operação.
O BOPIS, sigla do inglês Buy Online, Pick Up In Store, conhecida no Brasil pelo termo pick-up ou “compre online e retire na loja”, pode representar uma oportunidade para a fraude eletrônica, pois não inclui um endereço de entrega – informação essencial para a proteção. Além disso, as lojas precisam ser muito ágeis no processamento desses pedidos, já que, por natureza, essa modalidade promete acesso mais rápido ao produto. Se por um lado a agilidade oferecida pelo BOPIS é muito atraente para o consumidor, por outro não permite ou concede muito pouco tempo para a revisão manual sobre a legitimidade de um pedido.
Os fraudadores também se valem da tecnologia e automação para aumentar suas chances. Os ataques com uso de robôs – os famosos bots – têm sido um recurso cada vez mais utilizado para conseguir burlar os sistemas de defesa dos e-commerces e fazer compras fraudulentas. Os bots são programados para testar milhares de contas de crédito roubadas e realizar milhares de tentativas de compras em poucos segundos e de forma consecutiva, sendo uma forma de driblar os sistemas de prevenção.
Outra tendência observada pela Signifyd é o aumento dos “consumidores laranjas”, quando um fraudador utiliza dados roubados ou ilicitamente emprestados de pessoas reais para efetuar compras fraudulentas que, de uma forma ou outra, terminarão em contestações e chargebacks. Esta prática se torna mais fácil quando as empresas não possuem um sistema efetivo de cruzamento de dados, capaz de identificar anomalias rapidamente sem prejudicar a experiência de um cliente real com recusas injustificadas.
“A partir do momento em que os fraudadores passam a utilizar tecnologia, o uso de tecnologias de prevenção herdadas ou legadas prejudica o e-commerce e é preciso estar à frente. Quanto maior for o cruzamento de dados, com uso de inteligência artificial e machine learning, melhor será a proteção para os varejistas. Além de mais rápida, precisa e eficiente”, explica Gabriel Vecchia, Diretor de Vendas da Signifyd do Brasil.