Por que as empresas devem fornecer educação financeira a seus funcionários?
Dentre benefícios, prática pode aumentar produtividade, desempenho e motivação dos colaboradores
O período de pandemia foi um momento drástico para a maior parte dos brasileiros economicamente falando. Para além dos prejuízos causados às pessoas que perderam parte de sua renda ou entraram para a marca dos mais de 14 milhões de desempregados, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pandemia também chamou a atenção para uma realidade alarmante: a falta de educação financeira.
Hoje, as empresas têm incluído essa pauta entre suas prioridades para com seus colaboradores. É algo já provado por inúmeros especialistas e líderes de grandes corporações: garantir uma boa educação financeira aos funcionários pode diminuir o estresse do trabalho, aumentar a produtividade e a motivação do ofício.
Além de trazer um benefício para a própria empresa, a educação financeira tem entrado em debate entre especialistas justamente por ser encarada como uma responsabilidade. Afinal, é das corporações que vem a remuneração do trabalhador, então nada mais justo que fornecer uma maneira consciente de usar esse dinheiro.
Como ajudar os colaboradores com suas finanças?
Para além de fornecer a remuneração, é necessário reconhecer que, independentemente do montante do salário, há vários perfis de colaboradores com diferentes dificuldades e necessidades. Um funcionário endividado terá uma atenção diferente de um que não possua dívidas, enquanto outro que tem muitas despesas é distinto daquele que tem poucas, e por aí vai.
O primeiro passo é reconhecer qual é o perfil de cada colaborador e fornecer a ele a educação necessária para sua situação. Ainda que os termos básicos de finanças sejam para todos – e podem, inclusive, ser feitos de forma coletiva –, há situações mais delicadas que demandam mais atenção por parte da empresa. No caso de funcionários mais endividados, por exemplo, é possível promover aulas sobre educação financeira separadas do grupo.
Vale destacar que as ações feitas aos funcionários podem ser estendidas à família dos mesmos, visto que eles normalmente estão incluídos na vida econômica da casa. Tudo isso pode ser acordado com os colaboradores, mas é importante que os empregadores tenham responsabilidade para manter a privacidade de seus trabalhadores, de maneira a auxiliá-los sem exposições – um trabalho a ser feito por profissionais de recursos humanos, em parceria com pessoas formadas na faculdade de administração, para encaminhamento da gestão e dos recursos.
Como essa prática ajuda no dia a dia das empresas?
Ter funcionários menos preocupados com seus rendimentos financeiros pode trazer uma série de benefícios às empresas. Um colaborador sem dívidas, por exemplo, tem mais possibilidade de exercer sua criatividade e pode estar mais motivado do que outro que esteja ansioso por ter de renegociar dívidas.
É sempre fundamental lembrar que a situação do colaborador dentro de casa e em sua vida pessoal interfere na produtividade, da mesma forma como em seu fluxo de trabalho. Ou seja, evitar conflitos e fricções pode ser uma boa alternativa para ter mais resultados e aproveitar o potencial pleno dos funcionários.