Expectativas e tendências para o varejo em 2021, por Eduardo Córdova*
/ Não é mais novidade que o varejo foi um dos principais segmentos afetados durante a pandemia. O isolamento social e o novo perfil de consumo, fizeram com que esse setor desse um passo muito importante no quesito digitalização. Para se ter uma ideia, segundo um levantamento realizado pela Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado, nos primeiros quatro meses de quarentena o comércio digital ganhou mais de cinco milhões de novos consumidores. Dois meses depois, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou um aumento de 9% nas vendas no varejo, sendo que a expectativa era 0,2%.
Potencializado pela transformação digital, a tendência é que cada vez mais os players varejistas busquem por novos caminhos para se manter presentes na vida de seus clientes. E para isso, será necessário que as empresas apostem na presença digital e ofereçam um ambiente omnichannel para uma melhor experiência e engajamento com os consumidores.
Outra tendência que acredito que ficará ainda mais em evidência a partir de agora são os aplicativos que concentram diversos produtos e serviços, como o Magalu, Carrefour e iFood, por exemplo. A praticidade que essas ferramentas proporcionam ao usuário e a experiência em adquirir algo em apenas alguns cliques, faz com que a compra seja recorrente.
Na outra ponta, há o varejo sem toque – conhecido como touchless Retail. Essa dinâmica tem ganhado adeptos em todo o país, uma vez que os smartphones têm sido a principal ferramenta para o self checkout. A verdade é que as pessoas, no novo normal, passaram a ficar mais tempo em casa e buscam por serviços que vão até elas.
Por fim, mas não menos importante, está a questão da personalização das ofertas. O que já é bastante comum em algumas drogarias e redes de supermercados, passará a ser uma alternativa interessante para outros segmentos. Ou seja, os estabelecimentos que oferecerem um “plus” e sugerirem descontos customizados, de acordo com o hábito de consumo de cada indivíduo, proporcionarão uma experiência inovadora e, consequentemente, ganharão novos clientes por isso.
Sem mais delongas, acredito que essas serão as principais tendências para o varejo em 2021. A tecnologia tem se tornando o canal essencial de comunicação das marcas com seus consumidores, tanto para melhorar a forma de atender como também um meio importante para crias diferentes ações, fidelizar e conquistar novos clientes. Entendam, isso não significa que as lojas físicas irão deixar de existir, mas com certeza serão obrigadas a inovar ainda mais se quiserem continuar lucrando. Pensem nisso!
*Eduardo Córdova é CEO do market4u