• Proteção de dados desafia empresas para 2019
Vazamentos de informações geram prejuízos
de mais de 3,9 milhões de dólares
2018 foi o ano de grandes escândalos de vazamento e violação de dados. A maioria dessas violações foram originadas por ataques criminais ou maliciosos (48%), e custaram, em média, 3,9 milhões de dólares – no Brasil, o prejuízo girou em torno de 1,77 milhão de dólares.
Para proteger os dados dos usuários, diversos países possuem regulamentações diferentes que dispõem sobre o vazamento de informações e a forma como eles podem ser evitados. É o caso do Brasil, que sancionou no ano passado a Lei de Proteção de Dados (Lei nº 13.709), que disciplina e normatiza o tratamento de dados pessoais, estabelecendo as formas como as informações captadas pelos mais diversos canais podem ser utilizadas. Prevista para entrar em vigor em 2020, a lei indica que a coleta de dados só pode ser realizada mediante autorização do titular. Além de conferir mais segurança no tráfego de informações, um dos objetivos da lei é oferecer mais transparência em relação à utilização desses dados.
O CEO da PGMais, Paulo Gastão, destaca a importância da adequação das empresas à nova legislação. “O assunto é muito sério e pode gerar um grande prejuízo para as empresas. Além da perda de clientes, já que a política de advertências e multas é alta. A multa, por exemplo, varia entre 2% do faturamento, no último exercício, e pode chegar ao montante de R$ 50 milhões”, adverte o executivo. Ele complementa que a grande novidade da lei é o direito que o consumidor passa a adquirir sobre seus dados, podendo revogar a qualquer momento a autorização de uso concedida a terceiros. “O usuário se torna agora ‘dono’ de suas informações e com plenos poderes sobre elas”, adiciona.